O momento actual constitui um “enigma”, algo inexplicável
por ser de difícil compreensão, porquanto nunca se sabe o que acontece de “momento a momento” pela incerteza da sua
inevitabilidade.
Contudo, vivemos dessa experiência no actual espaço global
onde estamos inseridos, em que a imprevisibilidade é uma constante, algo que
não se pode prever, pelo que gradualmente se vai corrigindo adaptando-se às
situações.
No entanto, as vivências representam um avanço na vida das
pessoas, sobretudo se tivermos em consideração que é através da vida, um certo
pragmatismo que se utiliza da realidade pessoal, por diversas situações
passadas connosco, como se de um exercício prático se tratasse, como forma de evitar
cometer erros futuros.
A experiência "vivida" é o garante de "certo
bem-estar"que se procura, porquanto se tem à partida àquela experiência
que tencionamos contornar para que algo de semelhante não volte a acontecer.
Realmente, é o que se aprende de uma "vivência
exercitada", de determinado ponto de partida em que se encontre, porquanto no horizonte se
vislumbra essa má experiência.
Pelo que modificar o cenário de actuação que, agora como
protagonista principal, existem razões plausíveis para que se neutralize algo
prejudicial.
O mundo global em que vivemos composto pelo grande universo
de situações, com toda a diversidade de diferentes "modos de vida",
subjacentes no desígnio intrínseco de cada pessoa,
Podendo esta escolher em face da sua vontade e razão,
utilizar o seu livre arbítrio, numa atitude lógica e racional, naquilo que lhe
convier, é todavia estar em presença de uma forma de liberdade expressas
constitucionalmente.
É exclusiva esta vontade pessoal assumir o comando da sua vida,
uma opção legítima e justa, em que se procura o futuro "vingando"
pelo trabalho, não no sentido vingativo de "alguma desforra" mas tão somente
no acto de prosperar pelo bom desempenho das suas capacidades.
Assim, é natural que as pessoas desejam percorrer um trajecto isento de fragilidades
e instabilidade, anseiam um longa permanência de "tempo de vida", o
que significa prolongar no tempo a sua longevidade.
Contudo, esta permanência de uma “vida autêntica”, requer
balancear determinadas "vivências" preterindo umas e aceitando
outras, uma escolha entre prós e contras, que significa a maturidade e prudência,
por um lado,
Por outro lado, face as contingências irreversíveis que se
deve considerar como eventual instabilidade, para além do desejo ardente e
ânsia de viver, sobretudo porque a vida é única e indivisível, em que a ponderação para certos actos e acções devem ser escrutinados, porque afinal a vida que se vive é efémera e passageira (...).
E concretamente, por ser esta actual vida que vivemos
condicionada a uma "vida material" num corpo-matéria, perecível, que
cada pessoa vive e sabe que se extingue
como matéria.
Porquanto, a espécie humana é constituída organicamente por
corpo-matéria, perecível, submetida às condições naturais pelo fenómeno da sua
degradação.~
Com efeito, a "vida material" é circunscrita ao
nosso actual espaço global onde estamos inseridos, enquanto existência física a
viver num corpo-matéria, que se extingue pela sua falência orgânica, o que
significa deixar de viver.
Assim na expectativa de que o nosso discurso possa deixar
mais algumas considerações sobre o tema a “irreversibilidade do tempo”, fizemos
desta forma. António Cardoso
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