"A irreversibilidade do tempo (...) 310
O momento actual constitui um “enigma”, algo inexplicável por ser de difícil compreensão, porquanto nunca se sabe o que acontece de “momento a momento” pela incerteza da sua inevitabilidade.
Contudo, vivemos dessa experiência no actual espaço global onde estamos inseridos, em que a imprevisibilidade é uma constante, algo que não se pode prever, pelo que gradualmente se vai corrigindo adaptando-se às situações.
No entanto, as vivências representam um avanço na vida das pessoas, sobretudo se tivermos em consideração que é através da vida, um certo pragmatismo que se utiliza da realidade pessoal, por diversas situações passadas connosco, como se de um exercício prático se tratasse, como forma de evitar cometer erros futuros.
A experiência "vivida" é o garante de "certo bem-estar"que se procura, porquanto se tem à partida àquela experiência que tencionamos contornar para que algo de semelhante não volte a acontecer.
Realmente, é o que se aprende de uma "vivência exercitada", de determinado ponto de partida em que se encontre, porquanto no horizonte se vislumbra essa má experiência.
Pelo que modificar o cenário de actuação que, agora como protagonista principal, existem razões plausíveis para que se neutralize algo prejudicial.
O mundo global em que vivemos composto pelo grande universo de situações, com toda a diversidade de diferentes "modos de vida", subjacentes no desígnio intrínseco de cada pessoa,
Podendo esta escolher em face da sua vontade e razão, utilizar o seu livre arbítrio, numa atitude lógica e racional, naquilo que lhe convier, é todavia estar em presença de uma forma de liberdade expressas constitucionalmente.
É exclusiva esta vontade pessoal assumir o comando da sua vida, uma opção legítima e justa, em que se procura o futuro "vingando" pelo trabalho, não no sentido vingativo de "alguma desforra" mas tão somente no acto de prosperar pelo bom desempenho das suas capacidades.
Assim, é natural que as pessoas desejam percorrer um trajecto isento de fragilidades e instabilidade, anseiam um longa permanência de "tempo de vida", o que significa prolongar no tempo a sua longevidade.
Contudo, esta permanência de uma “vida autêntica”, requer balancear determinadas "vivências" preterindo umas e aceitando outras, uma escolha entre prós contras, que significa a maturidade e prudência, por um lado,
Por outro lado, face as contingências irreversíveis que se deve considerar como eventual instabilidade, para além do desejo ardente e ânsia de viver, sobretudo porque a vida é única e indivisível, em que a ponderação para certos actos e acções devem ser escrutinados, porque afinal a vida que se vive é efémera e passageira (...).
E concretamente, por ser esta actual vida que vivemos condicionada a uma "vida material" num corpo-matéria, perecível, que cada pessoa vive e sabe que se extingue como matéria.
Porquanto, a espécie humana é constituída organicamente por corpo-matéria, perecível, submetida às condições naturais pelo fenómeno da sua degradação.~
Com efeito, a "vida material" é circunscrita ao nosso actual espaço global onde estamos inseridos, enquanto existência física a viver num corpo-matéria, que se extingue pela sua falência orgânica, o que significa deixar de viver.
Assim na expectativa de que o nosso discurso possa deixar mais algumas considerações sobre o tema a “irreversibilidade do tempo”, fizemos desta forma. António Cardoso
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