quinta-feira, 3 de agosto de 2017




"A irreversibilidade do tempo" (...) 380


A vida que se vive expressa-se não apenas como realidade (…), mas é concreta em cada um de nós, sobretudo porque sentimos à sua vitalidade.

Que é caracterizada pela energia, enquanto existência física, revestida de um corpo material.

Uma característica corpórea, contudo com vigor, que é concretamente existencial porque define a vida propriamente dita.

Esta demonstração da vida é específica (...), incontestável e tangível que se traduz na pessoa em particular e na humanidade em geral.

Constitui um objectivo principal relacionar a vida que se vive no actual espaço global, como uma "passagem efémera".

Um determinado espaço temporal, que significa um certo tempo como "tempo de vida".

À semelhança de uma obrigatoriedade de viver neste mundo material, determinada vida, que termina inevitavelmente.

É impossível a humanidade afastar-se desse "pressuposto", uma condição "sine qua non", sem esta premissa, é um não categórico, porque tem que materializar-se, passar pela sua acção prática.

Porquanto, esta vida que se vive é imposta sob essa taxativa limitação, que é inquestionável, viver esta vida material, como se de uma "ante-câmara” se tratasse.

Um preliminar algo que se espera (...), porque antecede o que sucederá depois.

Porque a vida que se vive, não é "duradoura", implicitamente está associado um "prazo" como termo, um final, que se traduz em viver, enquanto vida material e orgânica, susceptível da sua falência.

Porquanto, não "se vive sempre", cumpre-se uma "finalidade", por um lado.

E relativamente a essa “finalidade” que encerra um “fim determinado”.

Por outro lado, um propósito que se tem de alcançar, passar desta condição de matéria perecível, que assim é constituída a espécie humana.

Porquanto, a humanidade tem na sua constituição orgânica e material, outra componente sobrenatural, que é alma-espírito.

O que acontece é que quanto a especificidade material, que é o corpo-matéria, perecível se extingue no actual espaço global onde vivemos.  

Quanto a componente sobrenatural ocorrerá a "metamorfose", uma outra dimensão sobrenatural, que não está experenciada no nosso mundo global.

Porquanto, existe o seu "secretismo", face a esse conhecimento não ser possível ao actual mundo material, conhecer do que se passa do "sobrenatural".

Cumpre-se um "certo antagonismo",  que se resume, designadamente: O que é material pertence ao actual mundo global, conhecer.

O que é "sobrenatural", é um outro "status", mantendo-se portanto o seu obscurantismo.

Na expectativa de que o  nosso discurso possa deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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