A irreversibilidade do tempo (...) 5
Há sempre muito para dizer relativamente ao “tempo”, a imposição categórica que ele exerce sobre nós, infere-nos a responsabilidade de que o “tempo” afinal de contas é contabilizado com o que se gasta: tarefa após tarefa, necessariamente cada uma delas gastou o seu “tempo” que são os inadiáveis do dia-a-dia.
Geralmente todas as pessoas têm uma rotina pré-estabelecida e outras há que para além da rotina que têm habitualmente existem outras rotinas que conciliam com a primeira e quase que é um casamento de uma e outra equilibrando o espaço de tempo disponível para se puder fazer o que se tem de fazer.
Se um espaço de tempo é gasto avulsamente, isto é, por nossa iniciativa sem colocar o assunto nas tarefas, certamente que vai faltar tempo para as tarefas diárias, algo que surgiu inesperadamente, que tem dia e hora marcada, temos consciência que se fará e que há urgência nisso.
Às vezes alguma tarefa ficou por fazer, deverá ser incluída na próxima rotina diária arranjando um espaço e colocar essa tarefa.
Esta envolvência do “tempo” a persuadir-nos, traçando uma trajectória que se posiciona a frente tomando as “rédeas do nosso destino”.
No entanto é confortável porque há pessoas que estão livres e desvinculadas do cumprimento de horas de trabalho, ou porque estão reformadas tendo apenas uma obrigação familiar. Por exemplo: Sou reformado e por consequência tenho o tempo livre, no entanto, a minha esposa de manhã saímos para comprar géneros alimentícios, é uma rotina que me está implícita geralmente quase todos os dias, umas vezes à tarde, porquanto é costume fazer diariamente as compras tenho cinco filhos, sendo que a menina que é casada vive com marido e as minhas netas, por isso é que não gostamos de ter a arca cheia, quando se precisa vai-se comprar. Para além de que tenho ainda tempo para mim, pois escrevo para um blogger, como fosse um editorial para ser lido “on-line” onde estou ocupado num espaço de tempo estabelecido das dez horas e trinta minutos às doze horas e trinta minutos.
Daí que o “tempo” está interligado na vida das pessoas não podemos negar é real esta afirmação, sendo ele a advertir-nos as horas para dormir, porquanto se tivermos em conta o tempo que estamos a ver Televisão, os noticiários, depois as novelas e outros programas, e sendo já meia-noite ou uma da manhã e olhamos para o relógio e vimos que a hora é tardia.
Então é o tempo a inferir a responsabilidade de que o nosso corpo precisa de descansar para refazer as forças, pois as células se rejuvenescem no repouso e na tranquilidade do sono que é sem dúvida o garante da nossa saúde e boa disposição , aliás é mesmo como que o alimento que nutre o corpo ou como a bebida para quem tem sede, o sono é imprescindível na nossa vida (…). Convém referir que pela ausência de “tempo” que se cometem trágicos acidentes porque o organismo torna-se impotente face a esse “gigante” que é o sono.
Então vimos que o “tempo” não foi respeitado e consequentemente não demos o espaço de tempo que devíamos dar ao nosso corpo para descansar, por um lado esta negligência.
Outras negligencias se somariam a irresponsabilidade, mas voltando ao tema “o tempo” como ele infere na nossa vida é sintomático que não podemos viver sem ele, porque vejamos o seguinte: É no “tempo” que se fazem projectos, pretensões, promessas, certas realizações do mais variado âmbito. Contudo devemos considerar um ano, trezentos e sessenta e cinco dias e nos propomos que neste curso de tempo se vai efectivamente realizar X ou Y.
E dentro deste espaço de “tempo” convencidos de que estamos findo o tempo dado conseguimos o que idealizamos, portanto, concluímos o que projectamos. Então é ou não é o “tempo” que se coloca a frente?! Puderiamos dizer que materializou e “este lapso espaço de tempo relativo” foi suficiente para o concretizar é a convicção de que acreditamos.
Por isso a afirmação é de que o “tempo” também é uma convicção e o garante de que tudo o que é bem sucedido dá os seus frutos, e a experiência que se retira dele é que acreditando nesta convicção pelo decurso do “tempo” sobre o qual desenvolvo as minhas conjunturas e percepções que tenho sobre ele, pelo qual consegui trazer aqui o meu pensamento sobre o assunto. António Cardoso.
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