quinta-feira, 10 de setembro de 2015

"Quebrar a desventura"

   

 "Quebrar a desventura"

É de índole cultural e religioso em que o anátema se inscreve exercendo a sua força, sobretudo minando a infelicidade das suas vítimas, como se disse no texto: "Se há anátema, certamente pouco mais há a fazer? Não,  necessariamente!. Não! " (...)  é por aqui que quero alinhar o meu discurso, porque as respostas vêm a seguir: Não!  "A fortaleza somos nós ... Penso que o conteúdo agora que volto a publicar possa vir a ser mais  preciso e conduzir a uma leitura acessível,  pois o título induz a perspectiva pela qual seguimos um alinhamento tornando o discurso fluído.


“É destruindo o anátema que nos invade em todas as frentes que poderemos alcançar a felicidade” Parece incompreensível pois se há anátema, certamente, pouco mais há a fazer? Não necessariamente! Não! A fortaleza somos nós, é preciso quebrar um certo número “de coisas” e às vezes não sabemos identificá-las, porque são tantas, sim “tantas coisas” que nos prejudicam. Mais do que uma acção, um reflexo, uma atitude, um movimento, embora abstracto o movimento que o fizemos inadvertidamente, é sempre um movimento, uma apetência que nos impele a fazer e a levar por diante. E o que acontece é que há que fazer um trabalho prévio, trabalho mental, é preciso que já esteja estruturado no nosso pensamento e este recebe a informação certa de que o que se quer é isto ou aquilo (..)
Por exemplo, a título de comparação, se é para terminar uma relação, seja de que natureza for, terminemo-la, porque convictos estamos do malefício inoportuno dessa relação. Falar de “uma  relação”,  poderemos  falar, de um comportamento mau, talvez até péssimo que temos e ainda não tomamos consciência que o temos, e o que existe em nós e nos dificulta para outras metas, para outro alcance, enfim para outros palcos, outras dimensões, conjecturas, percepções, ainda que sejam falsas, mas  não  atingimos, isto é desconhecemos face a uma série de condicionalismos que  nos ofuscam a realidade,  pois o ser humano vive destas incertezas, dissensões e experiências negativas, fazem parte do universo humano,  sob pena de o cometermos reiteradas vezes esses mesmos erros e comportamentos.
Quebrar o anátema é mais que um preconceito, se existe temos que destruí-lo. Vivemos quase sempre na expectativa de que pouco ou nada há a fazer… Se a culpa vem de nós este anátema persegue-nos e nós sabemos está ligado em nós. E como o dissociamos? É como se disse no principio, é preciso primeiro identificar, saber o que é, e que nos faz mal. Depois avançarmos decididamente para neutralizar. Quantas destruições nós já conseguimos?! Destruíções essas que nos prejudicam, às quais abstemo-nos ou até fugimos  "como o diabo foge da cruz”.
Este excerto é para reflexão, muito mais se poderia extrapolar neste conceito e com variados  exemplos. Escolhi este exemplo como referência, não quero ser demagógico e passo a descrevê-lo. “Uma mulher acorda de manhã, faz a sua higiene pessoal, veste-se criteriosamente pois tem que fazer jus do cargo que tem bem como a função, pois é preciso  “parecê-lo”,  (como a mulher de César..) e que os outros vejam que é de facto “essa mulher” é notável todo o seu conjunto e silhueta fale por si. No entanto, antes de chegar ao seu local de trabalho onde está horas e horas a fio, essa mulher precisa de algo sobrenatural, algo de espiritual, dirige-se, apressadamente,  a uma Igreja, entra e o seu olhar fixa-se na Cruz que está ao centro, com o semblante carregado de ansiedade  renova este olhar da Cruz ,  e qual o espanto, os instantes que se seguem   esta mulher fica com o rosto coberto de lágrimas, pega num lenço que retira da sua carteira e enxuga o seu rosto. Ela todos os dias está nesta rotina que a leva disciplinadamente e  ajuda-a a ser a mulher que é, e a não sentir-se como no passado, com o pesadelo do “anátema”. Portanto esta mulher destruiu algo que lhe preocupava”. António Cardoso.


1 comentário:

  1. A leitura deste excerto infere indirectamente a cada um de nós, de
    forma a persuadir, porquanto se não tivermos a coragem de terminar com "algo que nos prejudique", e desleixar indefinidamente, por impotência ou para não ferir susceptibilidades, corremos o risco de (...) ser tarde demais para remediar ou mesmo nunca mais. É bom estar a altura de que nos acontece (...) e sanar radicalmente. António Cardoso


    Reading this excerpt inferred indirectly to each of us, to persuade, because if we have the courage to end with "something that harms us," and neglect indefinitely for impotence or not to hurt susceptibilities, we run the risk of (...) be too late to remedy or even never . It's good to be the height of what happens to us (...) and radically remedy. António Cardoso



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