A verdade, onde ela
esta? (…)
Ao trazer este excerto para leitura dos meus interlocutores é
minha convicção iniciar este texto que vai a seguir descrito, convém traçar as considerações
que achei oportunas de que as confissões religiosas ou não estão separadas
do poder político – o Estado e a Igreja o que
significa que ao indivíduo deve ter a sua
privacidade mantendo-se o Estado neutro nessa matéria, isto é, no Estado laico,
assim existe uma divisão dos países em duas categorias, os laicos e não laicos.
Os países laicos não interfere na política, estão vinculados a lei constitucional
e obedecem esta especificidade, os países não laicos exercem a teocracia.
O cristianismo tem a sua raiz como seita judaica, e mais tarde
o judaísmo, é mesmo chamada de uma
religião abraâmica, ou judaico-cristâ. No Mediterrâneo Oriental rapidamente se
propagou. E grande extensão territorial foi conquistada ao longo de décadas. No século
IV tornou-se a religião dominante no Império Romano. Na Idade Média a maior parte da Europa foi cristianizada
e os cristãos aumentaram os seus crentes, apenas uma minoria se registou no
Médio Oriente, Norte de África e em algumas partes da India. Na Era das Descobertas, através da colonização, o cristianismo
espalhou-se de forma que os povos
aderiam a Evangelização, como sendo a “Boa
Nova”.
Ontem à tarde fui assistir com a minha mulher a festa em
honra de Nª Sª. da Piedade uma freguesia
do Concelho de Almada, onde vivo. É sempre na segunda semana do mês de
Setembro, todos os anos as festividades com música, comes e bebes, podendo-se
comprar lembranças de cariz cultural e artesanato da região. São convidados os
artistas para abrilhantar os espectáculos, no Coreto e no Jardim contíguo a
Igreja.
O acto central é a procissão em que a Imagem de Nª Sª da
Piedade, feita por Michelangelo, uma
escultura deste vulto do Renascimento Italiano, pintor, escultor, poeta, arquitecto, sendo um
dos maiores Criadores da História da Arte, é uma réplica a
semelhança de todas as Imagens espalhadas por todo o Mundo, sendo certo que o
original está na Basílica de S. Pedro em Roma, pelas ruas e artérias deste
Concelho, ladeiam as pessoas para verem passar a procissão, ontem foi a Banda
Sinfónica Piedense que esteve a tocar.
A escultura retrata a
dor e o sofrimento de Maria Santíssima como Jesus morto ao seu colo, esta dor extrema
como se mais nada restasse Ela recebe o
Filho no seu regaço, com o
semblante doloroso num pranto de
lágrimas, como se uma dicotomia não no sentido literal e escolhi este termo controverso, para encetar discussão
porque dicotomia: é a divisão de um elemento em duas partes, em
geral contrárias, como a noite e o dia, o bem e o mal, o preto e o branco, o
céu e o inferno, é justamente esta parte negra, oposta ao bem, oposta ao dia,
que é esta morte inglória de um inocente (veja-se Sagrada Escritura: “«Pilatos disse-lhes»Que hei-de fazer então de Jesus,
chamado Cristo?»Responderam todos: «Seja crucificado»! Pilatos insistiu: «Que
mal fez Ele?»Mas eles gritaram cada vez com mais força: Seja crucificado»!
Pilatos, vendo que não conseguia e que o tumulto aumentava cada vez mais,
mandou vir água e lavou as mãos em presença da multidão, dizendo: Estou
inocente do sangue deste Justo. Isso é convosco»”.) É este gesto de
Pilatos lavando as mãos eximindo-se portanto de qualquer culpa.
Do
que fica exposto, apenas uma reflexão, a verdade, onde ela está?. Também hoje
nos confrontamos com situações semelhantes (…) António Cardoso
Sem comentários:
Enviar um comentário