terça-feira, 29 de setembro de 2015

A irreversibilidade do tempo (…) 6




A irreversibilidade do tempo (…) 6

A perspectiva do tempo esta incógnita que nos sucederá nós os vivos, com toda a azáfama do dia-a-dia, ontem fomos crianças, hoje adultos essa circunspecção da mente inquirindo-nos o que é que será depois de terminada a vida terrena, qual será o nosso destino subsequente, porque o final nunca se  processará (…) esta vida terrena é como se fosse uma  ante-câmara  enquanto a metamorfose desta vida  não ocorrer.
No entanto vou contar uma conversa que servirá de exemplo para  o caso em questão: Fui a Segurança Social, em Almada, a fim de levantar uma cópia do despacho sobre um  processo que solicitei protecção jurídica, enquanto espero, sentou-se ao meu lado um senhor que não conhecia, cumprimentou-me efusivamente como se  já  me tivesse conhecido, como sou de tratamento fácil, mantivemos uma conversa , segundo me disse também tinha um assunto a tratar.
Surgiu então que falamos da vida, segundo ele disse:  palavras textuais: “ Nós viemos para este mundo nus e também nada levamos” . Falámos a dado passo da nossa conversa que os mortos que são cremados, e que as pessoas assistem  a cremação dos restos mortais, depois referiu que um vizinho seu os quais são emigrantes em França, tem um filho que lá nasceu e que este em conversa consigo referiu  que trabalha numa funerária em França e que o seu trabalho consiste em  reconstruir os rostos das pessoas que morrem que ficam desfigurados aquando dos acidentes, ele  referiu ainda que queria ficar em Portugal a trabalhar nesta área.
O destino humano não é para explicar assim tão “linearmente”  e falando da “imortalidade” é necessário ter como premissas estes dois vultos da ciência, um  médico, e outro filósofo, porquanto também como ciência pela sua contribuição inequívoca no campo da lógica, filosofia da linguagem, filosofia da matemática e filosofia da mente. É preciso ter como base alguns preliminares que vão a seguir descritos como prova  cientifica um e outro casos como adiante se segue.
É pertinente esta dissertação do  filósofo Wittgenstein,  tem uma visão não teológica da vida eterna, segundo ele afirma sic "Se não definirmos a eternidade como infinita  isto é, duração temporal, mas intemporalidade (fim de citação), muito bem corroboro justamente com esta  afirmação, por isso apenas aproveitei o excerto do mesmo contexto em que estou de acordo. Não podia deixar também de enumerar esta tremenda verdade para citar o Wikipédia (esta grande enciclopédia livre) Sic"  Há um fascínio pela humanidade, pelo menos desde o início da história. A Epopeia de Gilgamesh, uma das primeiras obras literárias, que remonta a meados do século XXII a.C., é essencialmente a busca de um herói pela imortalidade" (fim de citação).
Segundo Leonard Hayflick, este médico americano é professor de anatomia da Universidade da Califórnia, ele estudou o processo de envelhecimento. Para referência cito : " Hayflick estudou o processo de envelhecimento por mais de trinta anos, tendo feito descobertas importantes a respeito da senescência celular e do encurtamento dos telômeros. Segundo Leonard Hayflick as células tem um momento certo para morrer, o tempo de vida delas é de acordo com o tamanho dos telômeros, se os telômeros se encurtam demais a célula morre, o limite de encurtamento dos telômeros ficou conhecido como limite de Hayflick."( fim de citação)
Como suporte ao meu tema, ficou muito mais plausível porquanto estas duas figuras citadas acima o filosofo austríaco Wittgenstein, sendo  um dos filosofos mais importantes do Sec. XX e o médico Hayflick dão notoriedade de que precisava  ao meu discurso,  mais técnica, por um lado ao professor de anatomia.
Talvez, se perguntaria porquê citar o professor de anatomia,  pela ansiedade e o fascínio a ânsia de viver, e este professor estudou o envelhecimento das células, justamente para prolongar a vida, aos humanos querem viver.
Quanto ao filosofo Wittgenstein, formulou perguntas e respondeu-as porque tem uma visão não teológica da vida eterna, chegando mesmo a refutar a afirmação do que é temporal e intemporal, pelo que achei tão oportuno  e porque também perfilho a mesma posição.
Ora, é sobre a” imortalidade” que no decorrer do meu discurso procuro ser coerente e que me refiro logo no primeiro parágrafo.
Esta concepção que não é “mortal” mas “imortal”, a imortalidade é uma filosofia enquanto mortais, somos matéria e, por consequência, sujeito a “perecer”.
A questão que se coloca é a de saber se nós os viventes teremos ou não este “status” de imortalidade?! Ou será que ocorrerá em nós esta convicção alimentada pelo espírito a persistir e a convergir neste campo teológico adquirindo esta “couraça” como que uma protecção e cientes de que realizará em nós a metamorfose da vida como já se disse atrás?.
A minha discussão está balizada entre a metamorfose que se ocorrerá para esse estado “imortal”e toda a vivência terrena como situação “sine qua non”.
È a minha percepção, portanto a minha verdade, que não é a verdade de todos! Tudo acaba na vida (…) mas há uma continuidade que quero existir e persistir  nela e há muitos vazios também que o meu discurso que não deixou passar incólumes.
Porém é de referir que para muitos “é uma aberração” porque o encadear destes assuntos controversos suscitam discussão, pluralidade, coerência, sujeição. E reparem que dos vários autores filósofos que já li, uma condição particular encontrei em quase todos, senão mesmo na grande esmagadora maioria deles, nutrem deferência uns para com os outros, havendo  um casamento das ideias umas com outras, e a convergência nos pontos essenciais,  por isso é que os admiradores de uns e de outros foram seguidores destas ideias que notablizaram o Mundo Universal  das Letras da Filosofia, da História, etc. No entanto houve também alguns filósofos  problemáticos que me estou a lembrar de alguns, mas não vou referir nomes.
E para reforçar o que digo e suster qualquer discussão porque acredito no conhecimento desses autores que estiveram sempre a altura de convergir, num ponto essencial e divergir porquanto a percepção de uma “visão nuclear”, para trazer luz a discussão e refutar determinado ponto de vista em que o encadeamento  lógico e racional muito contribuíram  para o conhecimento do mundo que nos envolve, mas foi sempre a volta do meu tema que conduzi o meu discurso sobre a “imortalidade “que é um tempo exacerbado? Não!,  a “imortalidade é imortalidade”. António Cardoso.

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