quinta-feira, 9 de junho de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 120







O tempo depende também de  factores, sociais, históricos e outros, em que circunscreve uma determinada época, tempos frenéticos, tempo real que é o nosso.

São tempos que percepcionamos em que o sufoco de uma rotina interminável face ao trabalho  instalada prepositadamente cujo compromisso pressupõe um pacto com o tempo em que ficamos submissos.

As sociedades que enfrentam o sistema capitalista de produção, onde o tempo como matéria prima indispensável se "compra", e por consequência é vendido decorrente do mercado de trabalho que absorve estabelecendo com o indivíduo esta relação laboral.

As necessidades dos indivíduos são visíveis pela ausência de um grande rol de beneficios inexistentes, sendo que estes agora se concentram nessas necessidades essenciais.

Como forma de as suprir através do trabalho que se dedicam uma vida inteira com duras horas de trabalho.

Os indivíduos estão organizados de tal maneira, como que um apêndice se tratasse, atrelado a este tempo "escravisador" com quem mantém as relações laborais cujo vínculo é um facto.

A humanidade vai absorvendo este tempo trabalhando visando o seu bem-estar decorrente da intencionalidade dos indivíduos em consolidar esforços no sentido da obtenção da sobrevivência como factor determinante utilizando a sua força de trabalho.

Existe um instinto determinado em prosseguir de forma continuada todas as actividades por estarem implicitamente ligadas a ideia da necessidade que tentam melhorar os eventuais pressupostos evidentes dessa precariedade e puderem usufruir com abnegado trabalho os frutos desse sacrifício.

No entanto, ainda existe tempo para os cultos e alguns rituais, prática dessas comunidades primitivas, tendo como "regedor" o tempo que proporciona.

Como carácter obrigatório a vivência desses momentos que estes reproduzem em memória dos antepassados cuja tradição cultural e consuetudinaria se mantém.

Foi sempre esta ideia cultural que coexistiu e que as comunidades embuídas desse espírito induzem nos indivíduos na prosecussão desses cultos e rituais que se traduzem de uma forma plena de liberdade e de felicidade.

Acontece que à medida que as comunidades se vão integrando nas sociedades urbanas em que prolifera já a separação dessas práticas por prescindirem gradualmente desses momentos pelo desfazamento de todo um contexto que se estatizou no tempo.

Com a indústria o paradigma mudou para as sociedades se afirmarem cuja fomentação e divisão da sociedade agora formada em grupos sócio-económicos e que já interfere nas diferentes actividades por considerar a necessidade do "laser" que cresce e urge implementar este fenómeno urbano das sociedades modernas.

Com um ritmo que se acelerou e que dá-nos a sensação de que o tempo afinal passa mais "rápido". Como tudo isto foi positivo pela melhoria das condições e qualidade de vida, em que o "laser" pode ser considerado a "válvula de escape" neste contexto das sociedades modernas.

Assim o nosso discurso procurou a forma pela qual foi possível deixar mais algumas considerações, sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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