terça-feira, 28 de junho de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 131






O tempo impõe um limite em que se circunscreve a nossa própria existência, em torno da qual como se de uma fronteira se tratasse, uma linha que delimita o nosso percurso como existência física a viver uma "vida material".

Na vida em que vivemos temos necessariamente um tempo determinado para viver podendo ser X ou Y, dependendo evidentemente do tempo de permanência de "vida material"que alguém terá de viver.

Uma trajectória, um espaço para percorrer em que nos colocamos nesse trajecto singular para cada um, particularmente, desenvolver o seu percurso.

Como que um sistema coordenado e pré-defenido traduzido pela vigência de tempo que cada um tem que viver a sua existência física nesta "vida material".

É de facto um percurso "sui generis", para cada um em particular, uma inevitabilidade enquanto existência humana submetido esta imposição categórica de viver neste espaço temporal.

E é assim que neste tempo concreto em que tudo decorre num cenário de vivência marcada pela irreversibilidade do momento, de forma constante e gradual tendo esta a intenção de sancionar o momento que fora (...), sendo agora já passado.

O que é irreversível, significa que não pode reverter (...), avançando com o desígnio que é sua condição de "não voltar atrás".

Esta causualidade unidireccional, um determinismo, poderemos até considerar exacerbado, mas não é, antes pelo contrário é a objectividade que a irreversibilidade estabelece com o tempo.

É a nossa compreensão, um e outro, aliás intimamente ligados, o tempo e a irreversibilidade este nosso tema controverso, sobretudo porque sabemos o que são e o que representam para a humanidade.

Relativamente ao tempo, temos afirmado tratar-se da "grandeza" que é, pela qual o indivíduo e a humanidade têm uma noção concreta sobre ele, se por um lado, o tempo se predispõe e se coloca a mercê como força determinante e catalizadora mediática e actual.

Por outro lado, cumpre o indivíduo o estreitamente destas relações com ele, para percepcionar experiências e apropriar-se da dinâmica transformadora das estratégias por ser este o autorregulador da estabilidade.

A multiplicidade de situações ocorridas no tempo, é um desafio constante para romper com determinado radicalismo, como que uma doutrina filosófica reformista, cuja intransigência tem gerado alguma contradição.

No entanto, entendemos que deve existir um paradigma adequado para a resolução do grande universo de situações, decorrente do desfecho dentro de contexto de uma visão mais tolerante e assertiva as diferentes situações ocasionadas.

Assim, o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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