quarta-feira, 15 de junho de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 124







O tempo é a experiência subjacente sobre determinados acontecimentos que embora ocorridos em relativo espaço temporal, não se manifesta claramente, contudo estão latentes ainda no subconsciente.

O tempo não apaga estes registos, porquanto subsistem no tempo interminável (...), a faculdade que a condição humana tem é susceptível de abarcar e concentrar todo este acervo, um património intelectual de cada indivíduo.

Estas reminiscências evocam o passado, como que elos de uma corrente se tratasse, fossem trazidos para ligar adicionando com a finalidade de reunir num todo.

É assim que este tempo, esta actualidade sempre presente diante do qual não é possível o afastamento dos padrões significativos do passado, e as suas próprias referências de valor porque se enraízaram.


Porquanto constituem nos indivíduos a sua identidade, esta cultura humanística responsável no início da adolescência e formação intelectual intrínsecos no indivíduo como a garantia expressa da aceitação desses valores recebidos.

Os padrões morais estabelecidos como manutenção da ética e conduta moral e pessoal são ministrados no decurso da formação enquanto adolescente no crescimento integral e harmonioso do indivíduo.

 A singularidade de cada um é decorrente do desempenho cabal das regras e  normas prescritas na sociedade a que os seus membros estão vinculados, como forma de socialização efectiva desse cumprimento.

No entanto é de realçar a estranheza que sucede nalguns casos esporádicos, por relativizarem estas regras e normas, que às vezes causam constrangimento, pelo seu incumprimento causando inevitalvelmente resultados  prejudiciais.

A sociedade se integra no estreitamento destas medidas e na ambivalência dos seus membros acarretando-os o ônus dessa responsabilidade caso contrariem na sua execução prática.
Afastar a ambiguidade, o equívoco e a incerteza é co-responsabilizar toda uma sociedade é
para garantir que o nosso espaço plural se possa evidenciar pela afabilidade e cortezia  indispensáveis.

O tempo é aliado da humanidade, visto que a sua anterioridade remonta ao passado longínquo em que o indivíduo em particular mantém com o tempo um estreito relacionamento.

A irreversibilidade do tempo tem "amordaçado"  o indivíduo manifesta uma preplexidade e nostalgia, no entanto, já se conscencializou, de que é constituído organicamente por corpo-matéria, perecível.

Porquanto, submetido às leis naturais e consequentemente por ter uma existência física, evidentemente,  terminada a sua existência física, o que equivale a dizer que deixará de "viver".

Enquanto, existência física, manterá a composição de que é formado corpo-matéria, vivendo uma "vida material".

Contudo, o indivíduo é formado por duas partes, corpo-matéria, e alma-espírito, esta última alma-espírito por ser sobrenatural, face a sua inacessibilidade.

Ora, o que é inacessível, significa que está "vedado" o seu acesso, por isso esse estado é sobrenatural, cuja virtualidade se manterá (...).

O que subsistirá é essa parte espiritual, porquanto se mantém a "complexidade"  (...) para o desvendar.

No entanto temos referido que outra dimensão de vida ocorrerá (...), mas não nessa actual "vida material", a que todos estamos inevitavelmente submetidos.

Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar mais algumas considerações, sobre o nosso tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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