quarta-feira, 22 de junho de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 126







O tempo é a presença constante em nossas vidas, enquanto existência física decorrente da nossa constituição orgânica em corpo-matéria, a que estamos submetidos a uma vigência de "vida material".

Com efeito, a irreversibilidade da vida temporal em que vivemos, leva-nos a um dado percurso delineado que não volta atrás perseguindo um objectivo, que é concretamente viver uma vida terrena ou "vida material".

O percurso de cada indivíduo terá de fazer, é pessoal e diz respeito à vida que lhe é proporcionada, acontece que nalguns casos é lhe imposto um caminho diferente subjugado por uma ditadura, constrangimento, coacção, submissão ou ainda qualquer outro tipo de alienação.

O indivíduo está impedido de exercer livremente o direito à sua identidade e personalidade, colocando em causa os seus direitos de cidadania.

Estas situações têm ocorrido num espaço temporal determinado em que alguns indivíduos são vítimas pela privação da liberdade de todos esses direitos garantidos pela legislação constitucional e outros direitos aplicáveis.

Contudo esta perspectiva de indução de "comportamento inadequado", por parte de alguns ditadores que infligiram nas suas vítimas o apossar de um direito que não é legítimo.

A forma de submissão, é de facto o despotismo que reina em alguns opressores, exercendo o poder através da força, como dominação em todas as formas de crueldade pela pressão que exercem.

A liberdade é na hierarquia dos valores humanos a segunda grandeza de inestimável valor, porquanto o valor da "vida", ocupa o lugar cimeiro, a sua posse legítima, o livre exercício dela, a independência moral e intelectual.

A tolerância constitui o equilíbrio nas relações interpessoais, sendo um aspecto fundamental pela simbiose e conjugação das ideias, decorrente da maneira de pensar dos outros, contudo, é diametralmente oposta as nossas ideias, mas esta convivência faz com que respeitemos mutuamente.

Porquanto a formação da personalidade de "alguém" é um processo gradual e complexo, sendo único em cada indivíduo, um conjunto de características que fazem parte dele que é portador de qualidades que estão ligadas a postura dos valores sociais e morais.

Sobretudo pela coexistência intrínsecas do indivíduo que são reflectidas na sociedade, a convivência familiar, no trabalho, nas diversas manifestações sociais e culturais, organizações locais onde são notórias as relações que ele estabelece.

As regras saudáveis dentro da sociedade, visa a imagem pública do indivíduo, a sua interacção, os valores da sua integridade, fidelidade e senso de justiça com predominância do carácter da sua personalidade, que é revelada pelos actos e acções.

O tempo em que vivemos e dentro da esfera social a que pertencemos, verificamos que a ética constitui uma base sólida fundamental em que as nossas vidas se apoiam fixando os parâmetros, face ao nosso comportamento conectando-nos com a sociedade.

A ética é entendida pela sua indispensabilidade na coabitação sã e harmoniosa de uns com os outros, sobretudo na comunicação por pactuar pela diversidade do outro.

Tendo em atenção o seu "pensamento" e acção como fundamentos práticos para sua materialização interelacional que se prendem com a interioridade, respeito e a dignidade de cada indivíduo.

O tempo actual serve também de reflexão sobre este aspecto fundamental das experiências práticas com problemas de âmbito diverso e que urge dar resolução e consolidar posições sobre o questionamento de toda uma sociedade.

Assim o nosso discurso procurou a direcção pela qual pudemos tecer mais algumas considerações, sobre o tema a "irreversibilidade do tempo" António Cardoso

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