sexta-feira, 24 de junho de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 128






A imprevisibilidade da vida (...) tem sido a condicionante que influencia negativamente na vida das pessoas.

Porquanto a irreversibilidade e o tempo um e outro trona impossível o "voltar atrás", sobretudo, porque aquilo que lhe atribuimos grande importância (...), pode ou não concretizar-se.

Para "aquele objectivo" que foram investidos todo o nosso esforço e convicção e dada a "falibilidade" não calculada desvalorizando este pormenor, e o inevitável aconteceu o fracasso decorrente da frustração e o estado nostálgico é um facto.

Por isso é que no tempo em que vivemos, tudo parece tão fácil e a nossa mercê, o que às vezes não acontece, contudo é produto também da nossa persistência e vontade de chegar ao fim, em que cujo desenlace seja positivo.

É assumindo e corrigindo os nossos erros que amadurecemos e somos capazes de não repetir situações análogas e prejudiciais geradoras de clima de mal-estar e infelicidade.

As nossas pretensões, desejos e anseios, condicionam e definem a nossa felicidade, no entanto se existe subjectividade na nossa mentalidade, por julgarmos ser possível concretizar algo (..).

Sem que nos certificamos se o desfecho é favorável, ou não, são pressupostos que devemos considerar.

Estas incertezas persistem connosco sendo normal que aconteça, no entanto uma característica que deve estar aliada é a superação, caso o inesperado e desagradável aconteça, por forma a libertar esta carga negativa daí resultante.

A crença interior que nos impele a prosseguir e a "pensar", às vezes também é alienatório por criar ilusões e expectativas.

Aprendemos com o tempo, o saber "esperar" pelo momento certo, requer que façamos um exercício, um auto-controle em nós mesmos, colocando-nos diante das situações e com às quais temos que dar solução.

O "enigma" para o sucesso, é aceitar as "coisas" como elas são e não permitir recorrentemente este estado de situações, tomando as medidas necessárias para neutralizar as frustrações, impedindo que estas aconteçam.

No contexto da vida e do nosso tempo actual em que se relativiza quase tudo, desvalorizando, se estamos a favor, ou não, se nos interessamos ou mantemos o desinteresse por não lhe darmos nenhuma importância.

Contudo, uma preocupação subsiste, é que somos nós parte do "problema" e não nos apercebemos, porque estão diante dos nossos olhos, e urge uma mudança de atitude.

Com este estado prejudicial deprimente, em que nos colocamos, a frustração apodera-se e polui a alma, atinge o nosso âmago, retirando o estado aconselhável que seria a nossa predisposição natural.

Existe ruptura naquilo que idealizamos, porque não estão consolidadas no bem-estar psicológico e anímico, condições susceptíveis para o diálogo.

Sobretudo se devemos este diálogo a alguém importante para nós, o isolamento desta cumplicidade em que se fecha ao diálogo é um estorvo em nós próprios sendo urgente resolver.

Porquanto, se não encontramos este momento crucial para sanar com esta "situação" e nos abrirmos ao diálogo "tão frutuoso", que deve existir bem como a confiança em acreditar que situações desta natureza não ocorram futuramente.

O tempo é de facto um "mestre por excelência" sendo ele quem nos rodeia incessantemente, porque  convivemos com ele, onde multiplicamos os nossos bens materiais e outros e fizemos bem.

Contudo o mais importante, descuramos, porque subtraímos os nossos valores, de ética, compreensão, cordialidade e decência, que devem ser verdadeiros pela evidência e demonstração dos nossos actos e acções.

Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar mais algumas percepções sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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