sábado, 9 de janeiro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 10




A perspectiva que o tempo regista, ficou algures (...) uma perplexidade, inconformismo, faltou um "nada" o suficiente para que todo o potencial oferecido fosse descurado, hoje já não se fala nisso nem se pensa mais sobre o assunto daí que o nosso discurso andará a volta dessa "irreversibilidade do tempo", o tema que suportamos é que dá corpo a tudo quanto dissermos adiante.

Na vida das pessoas há uma imensidão de perspectivas, muitas delas causam embaraço, ou frustração, sobretudo se ficaram para trás, sendo já mesmo passado, que deixa um mal estar. É preciso manter esse registo que o "tempo consagrou" como real por receber os impulsos latentes do seu subconsciente.

Já existia, "o tempo" não anulou está na "memória adormecida" um estado específico quando ocorrem estas situações.

E há outras que foram banidas totalmente como se um "erase" ou "delete", as fizesse apagar.

É referindo questões que o "tempo" não esquece, porque viveu de perto de perto com os seus protagonistas, não tendo sido exequível consolidar a pretensão.

Mas é o tempo irreversível que corre, neste caso, mais acelerado, é uma percepção, porque vimo-lo inquietante, como diziamos, quase que não se dá tempo ao "tempo irreversível, sendo este último penoso, por ser sintomática a sua irreversibilidade.

Causa dano interiormente no mais recôndito dos anseios humanos, sendo mesmo uma condição imprescindível se não fôr conseguida.

O "tempo" vai persuadindo para não deixarmos que este pré anúncio de nascimento se aborte antes  daquilo que nutriamos grande expectativa e convicção.

Mas é o tempo que sara e se posiciona a tomar as rédeas do nosso destino, pela incapacidade aliada ao infortúnio que fomos acometidos. O "tempo" reconhece o momento  em que uma nova oportunidade surje e está a esforçar-se para este "tempo" não se perca e que algo de bom desempenho se consiga para fortalecer a vontade e o querer de há muito tempo desejado.

Lançadas as bases para concretizar, o "tempo" é o garante desta certeza face o insucesso ocorrido,  agora mais do nunca disposto a neutralizar as dificuldades e os obstáculos, por forma que não se repitam erros,   sendo ele o factor determinante para a situação em concreto e tenha o desfecho favorável.

Tendo sido a tónica de todas as dificuldades o insucesso, o "tempo" agora é a resposta imediata.

É o catalizador, é o sensor, é uma luz que se liga e se desliga, é o bem, é o mal, é o branco, é o negro, ele, o "tempo" não é o meio termo, tem carácter e é coerente em todas as situações que decorram está sempre presente.
O "tempo" aceita e dá a mão a palmatória, acompanha os seus intervenientes e não se poupa a esforços, festeja os sucessos e os insucessos mostra um semblante carregado,  marcado pelo sofrimento.

Sabemos ser verdade o que comentámos no parágrafo anterior, o "tempo" tem uma postura igual e incarna os seus protagonistas segundo aos seus personagens, das situações diversas, estando feliz quando eles o são ou não solidarizando-se com a dor e o sofrimento, mas nunca está dúbio, não se pode estar indiferente sem expressão, são como dois polos, positivo ou negativo.

O "tempo" é assim desta forma, sendo bom tempo, radioso, solarengo, ou ao contrário chuvoso, com precipitações, aguaçeiros, chuvas torrenciais, até mesmo ciclones.

Por isso é que o tempo tem sido longo da nossa história o amigo de todas as horas que acompanha para todo o lado, que é fiel, porque é, uma característica intrínseca, e quem o tem como amigo tem um tesouro inesgotável.

O "tempo" essa irreversibilidade quem o encontra obtém dele para além do bom companheirismo os ensinamentos para a vida (...), aliás sempre efémera até ao momento em que se ocorra a "metamorfose".

Como diziamos, é a experiência que o "tempo" tem que lhe dá o conforto de ser ele próprio, havendo somente um aspecto relevante que ele sabe que a "irreversibilidade"  é taxativa e por isso não arrisca em considerações, procurando sempre a lealdade para consigo e para com a humanidade. António Cardoso

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