quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 20





Tem sido sempre o nosso discurso coerente no sentido de ir buscar o que ficou por se dizer, nomeadamente sobre a frase lançada a título depreciativo.

Sendo, no entanto, a palavra "muito bela" que a todos indistintamente a querem como sua, dizem que lhes pertence, tendo  adquirido com muita dedicação, sacrifício, até com abnegado trabalho, por isso se sentem donos dela.

O "perfeccionismo" esta palavra já utilizada noutro contexto em que afirmamos se tomarmos em consideração, o que dissemos antes sobre a "imperfeição" por ser negativa, deixa-nos a pensar, o porquê, dessa imperfeição.

E há outros que em nada contribuíram e são vítimas  colaterais desta irreversibilidade do tempo"

Sim porque não somos perfeitos, nem o seremos face a condição da experiência. E passamos a explicar: Ora se constantemente praticamos erros, a seguir de erros, levando uma "vida inadequada", e como consequência, perdemos os padrões desta vida, nos vários domínios, e não aprendemos, por sermos imperfeitos.

Por isso é que temos esta vida como uma experiência sem precedentes, o "viver esta vida terrena".

Então a primeira vida, serviu de experiência! É justamente porque acreditamos que aos humanos, condicionados que estamos, por limite não definido, consoante a vivência de cada um, refiro-me a longevidade. Uns têm uma permanência longa de vivência na Terra, outros não, e há outros ainda que é efémera (...)

Portanto neste mundo em que vivemos tem cada um a "vida terrena" para viver, poderá ser longa, ou não, ou até efémera, como já dissemos.

Como poderemos aflorar que somos "perfeccionistas" se tudo o que fizemos e agimos negativamente é visível e tentamos disfarçar.

Por isso é que a vigência de tempo de "vida terrena" é a condição a que estamos submetidos por forma a reverter essa negatividade da propensão do ser humano das qualidades e dos defeitos, e a porque a imperfeição subsiste.

Ora, se estamos absorvidos por um "tempo irreversível", quer dizer que por mais que fizermos sempre esse  "tempo" urge e passa e com ele leva tudo o que estiver interligado (...).

A perfeição não existe, esta pretensão é descabida.

Mas continuemos ao nosso discurso que é a "irreversibilidade ". Referimos que esta vida efémera em que vivemos é um facto.

Salienta-se, no entanto, que o ser humano  deve ter no tempo presente, portanto, o hoje, inteirar-se das limitações que são claras e partir para o concreto, sobretudo por conhecer a infalibilidade da "vida terrena", por ocorrerem já noutras pessoas.

O tempo passa, uma realidade adquirida, pela impotência face a nossa submissão, ele descreve a sua trajectória, porque enquanto vivermos seremos sempre ultrapassados pelo "tempo" e a sua "irreversibilidade".

No subconsciente vive-se esta inquietude, por não existir soluções e a conformação com a "irreversibilidade do tempo" é uma constante, colocando-se mesmo a pergunta:

Porquê viver um tempo limitado?

A resposta a esta pergunta já foi dada nos dois anteriores parágrafos.

O que resta é a nostalgia que continua a absorver os instantes da nossa vida e os momentos posteriores também marcados por este "tempo irreversível".

Assim o nosso discurso procurou entrar dentro do "tempo" e com ele pode aferir essa "irreversibilidade". António Cardoso

Sem comentários:

Enviar um comentário