sexta-feira, 8 de janeiro de 2016
"A irreversibilidade do tempo" (...) 7
Volvidos que foram curiosamente cem dias, portanto sendo hoje, o instante em que escrevo, completou-se o ciclo de interregno que perfez o centéssimo dia da nossa ausência no blogger, queremos antecipadamente reiterar o incómodo, fizemo-lo agora:
Existe uma predisposição única inalienável, onde o nosso pensamento flui e consequentemente as palavras, as frases, o contexto tudo se articula em simbiose e o nosso pensamento, porque é único na altura em que se escreve.
Tendo em atenção de que a mente, o corpo estão em sintonia com o pensamento, poderão certamente refutar o que acabamos de dizer, porquanto, há momentos drásticos (...), em que também se escreve, constituindo um acervo cultural onde são descritos os momentos históricos decorrentes da audácia e bravura de vários povos pela glória e apogeu outros contam uma narrativa de vária índole, no campo das ciências, focando diversas as áreas do conhecimento e há autores que contam romances, que são autênticas obras primas de acontecimentos verdadeiros, ou ainda de romance de ficção de um determinado acontecimento por exemplo: a nostalgia, passa-se esse caso concreto, com a maior parte dos escritores. No entanto há pensadores, filósofos, actores etc.
Mas é sobre o "tempo", esta sintomática irreversibilidade, que está no nosso subconsciente e que assenta todo o meu discurso.
Paradoxalmente esta efemeridade que é o "tempo" está latente em todos tempos dos nossos antepassados que viveram também esta mesma "irreversibilidade" que os submeteu de gerações e gerações e continuará a ser "a pedra de toque" para as gerações vindouras.
Mas como diziamos, existe o momento em que queremos partir para o recomeço de algo que se começou e aflige-nos esse lapso tempo decorrido inoperante, então pretendemos fazer que deveria ser feito e não o fizemos, há uma deferência para o que escrevemos que continue na senda de desvendar o "desconhecido", como se de um novelo de linha se tratasse e o estamos a desenrolar.
Falar sobre o nosso tema "a irreversibilidade" que nos apoquenta porque caminha vertiginosamente num espaço como diziamos atrás nos últimos excertos, que não é mensurável um tempo indeterminado, por isso lhe chamamos "eternidade", pois não é possível medir esse tempo.
Sendo este tempo como que uma fortaleza onde nos sentimos dentro dela, compreendemos agora que é tão difícil os nossos interlocutores estar na mesma linha de pensamento connosco, pela diversidade de opiniões ou pontos de vista. Mas a mensagem que vamos passar é focando estas diferênças, ás quais não pudemos revertê-las. Cada um é como é. Todos os outros são como são.
Esta multiplicidade de visão de uns e outros dão o resultado da inevitabilidade do tempo, daquilo que é o tempo, "infalível, irreversível".
Traçadas que começam a ficar delineadas este nosso pensamento sobre o tempo levá-nos a posicioná-lo, como autêntico, e verdadeiro momento, serem determinantes os nossos actos e acções consoante o nosso modo de agir. Acresce-se no entanto, se o que fizemos é consensual e na dúvida, parámos para nos advertir e partimos para o derradeiro momento, o qual, não temos dúvidas, porque previmos as consequências (...).
Portanto é sempre este tempo nostálgico, decepcionante, onde o erro persiste deixando marcas do inconformável, ou da inadaptabilidade, ou ainda maldade.
Face ao erro, lidamos com estas situações e já temos experiência, porque nos habituamos, há uma paz de espírito, uma conformação, e não compreendemos porquê que isto acontece, como que "um remédio salutar se tratasse".
Não deixa, no entanto, o nosso subconsciente registar negativamente, se fôr o caso, o facto do que se passou, e o tempo este disciplinador, ameniza e traz conjecturas do que se deveria fazer (...)
Os segredos do tempo, há algo que o coordena e enquanto vivermos interrogaremos sobre se (...) quem ?
Temos uma resposta, já referimos nos excertos anteriores.
Mas é sempre ao redor desse "tempo" em que muita gente ignora, sabe que ele existe, mas é melhor não pensar nele (porque põe-se em causa a própria existência). Fazendo com que a presunção sobre o tempo fosse inoportuna até mesmo irrelevante referi-lo.
O convencimento de que o tempo é para ser gasto, não há preocupação que é indeterminado e único para muitas pessoas, têm consciência disso, e que se não foi para hoje, amanhã há mais tempo pois as pessoas sucedem-se e o tempo de mãos dadas com as horas faz o resto.
Ocorreu-nos neste contexto contar a história do que se passou há tempos (...), um camponês que não tinha proveitos da sua colheita. Pensou e decidiu consultar um advogado.
Explicou ao advogado o insucesso das suas colheitas, pois trabalhava a terra e não via benefícios do seu trabalho. Com efeito, consultou o advogado tendo ido ao seu escritório. Da conversa entre o camponês e o Advogado, ficou dito: "De que a palavra chave para o seu sucesso seria: "Não guardes para amanhã o que podes fazer hoje".
O camponês pagou a consulta e retirou-se. Passado algum tempo, o camponês lembrou-se das palavras do Advogado, executou tudo quanto o Advogado lhe tinha dito, e consequentemente, os benefícios foram visíveis as colheitas prosperaram e ele reflectiu dizendo: "Foi caro o conselho , mas valeu bem o dinheiro".
Conclusão: O slogan era apenas:"Não guardes para amanhã o que podes fazer hoje"
O tempo indica-nos para pudermos actuar decididamente e é a força que ele dá aliada a nossa convicção porque está a espera do empenhamento das nossas inadiáveis decisões. Ele sabe que a continuidade de nós é ele, um tempo efémero da nossa existência está a mercê para o que quisermos fazer, daí que submetidos a esta irreversibilidade, caminhamos para uma etapa subsequente a que chamamos "metamorfose" que não é o fim.
É um mistério que não conseguimos desmistificá-lo, existe e existirá sempre connosco esta "irreversibilidade do tempo" António Cardoso
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