sábado, 9 de janeiro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 9





Com o objectivo pelo qual a nossa mente possa discorrer de forma literal e superficialmente, deixando sempre antever que o nosso discurso que vai na frente e não se quer intimidar pelo o encadeamento que estas palavras provocam, abraçadas com um pensamento que se remete ao tema central que é "a irreversibilidade do tempo", fomos conduzidos para aqui chegar e desenvolver a perspectiva que lhe está subjacente na nossa redescoberta da compreensão cada vez mais e melhor sobretudo pela envolvência dos contributos que se conectam no "tempo", indo a seu âmago em que se instalou, possa emergir desses escombros com a finalidade de sabermos o porquê de que o "tempo" aliado a tudo o que nos rodeia, possa deixar marcas dessa sua passagem.

Sobretudo pela vivência dos intervenientes que fazem já parte desse tempo, embora efémero, o tempo é condicionador e ponte de ligação, por estar disponível e a ser utilizado pelas melhores e piores razões, fazendo e procurando alcançar por variados motivos as sensibilidades boas, ou ruins, desesperadas, felizes e até épicas trazendo acontecimentos marcadamente autênticos e dignos de registo, e outros pontualmente inseridos na actualidade dos nossos dias e aqueles ainda que esperam por esse "tempo" e que se perfilam para a novidade ou notícia que ocorrerá inevitavelmente.

É assim esse "tempo", é assim a vida e a sua imprevisibilidade (...). Sendo que o tempo como que alavanca para suster ou prosseguir os intuítos que os homens e mulheres auguram réstias de esperança ou conformismo.

O tempo é o hoje, foi o ontem e será o amanhã, que nos mantém suspensos a espera de (...), parece que ele também espera por nós, para lhe darmos ou receber alento ou o desfecho que esperavámos ou não (...), encerrando sempre mais uma etapa para os seus intervenientes.

Mas indo ao encontro dessa "irreversibilidade" porque o é, pelas considerações tidas nas nossas linhas anteriores sobretudo o que ficou dito, está patente que as expectativas desse "tempo" levá-nos indubitavelmente a considerá-lo como de um acto em cena se tratasse, sendo ele o "artista principal".

É sempre o "tempo" uma preocupação, a tentá-lo descobrir e acabámos por esbater sempre no campo "teológico", porque o concurso das ciências em que o "tempo" está incluso, existe muito mais por se explicar como infere na vida das pessoas, a sua comunhão com elas, aliás, com toda a sociedade em geral, enfim com a humanidade inteira.

É muito mais complexa os "meandros" do seu alcance, embora sentimo-lo, difícil ou mesmo nunca o conseguiremos definir. Mas então o que é o tempo?

Essa "irreversibilidade", daí que este nosso tema excitante que nos cativa e andámos sempre no seu alcance com novidades que retiramos dele, e quanto mais sabemos dele, mais nos apaixonamos, dá até a sensação que o querenos apanhá-lo para connosco ficar (...) e dele usurfruir os mais variados ensinamentos.

Mas é assim esta peripécia da vida que tem o seu primeiro condicionador a figura do "tempo". E certamente o é por muito tempo em nossas vidas. Vislumbrando desejos e pretensões na humanidade. Os seres viventes tem-no já como sua pertença e jamais viverão sem ele. Por estranho que pareça o "tempo" sempre se mantém fiel. É imutável. Nós os humanos demos-lhe a vida, coabita connosco e é indissociável. Tem todas as qualidades  boas e outras, para não ser excepção, ele nunca se exceptua, mantém-se o "conhecedor dos conhecedores" e nas profundezas do seu conhecimento inacessível adquiriu uma couraça que o protege das intempéries.

Não é indelicado, faz-se esperar, aliás tem sido sempre a sua estratégia, por isso, é inatingível, nós o respeitamos como tal.. É um, regozijo estar as suas ordens, um imenso conjunto de estrelas e todas as constelações empresta-lhe o brilho e uma longevidade sem precedentes,  ele vive sempre, e nós nos habituamos também a viver, a acarinhá-lo, prometendo-lhe lealdade. É o amigo das horas incertas, aconselha aos "incautos", é ímpar e divino. De todos os humanos recebe elogios, e é bendito porque lhe desejamos felicidades para com toda a humanidade, que ele se preocupa, ele o "tempo", o "nosso tempo" por excelência, é a irreversibilidade (...). António Cardoso

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