terça-feira, 19 de janeiro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 19





O nosso discurso segue o percurso pelo qual nos levou a convicção de tentar persuadir os nossos interlocutores, porque o tema é complexo, a "irreversibilidade do tempo".

Mais complexo se torna se não forem afloradas as linhas mestras do nosso discurso, ou omitir algum aspecto fundamental.

Ora, se efectivamente, o nosso discurso tem a convicção de descobrir a maneira segundo a qual o corpo se reveste de uma máscara que está por dentro não se deixa ver, nem o seu semblante imaginário nunca o descreveremos.

O que está por detrás desta máscara que reveste o nosso corpo?

O que é que lhe está subjacente?

As perguntas anteriores reforçam a ansiedade, com efeito, temos conduzido o nosso discurso a persuadir os nossos interlocutores de que a "complexidade" ainda "reinante" no universo da esmagadora maioria daqueles que não se revêem nas nossas convicções.

Porquanto, "essas convicções ainda insípidas, talvez até inconsistentes, pensarão aqueles interlocutores que não se revêem nela.

Certamente nunca estarão em sintonia com o nosso discurso, mas pela curiosidade dos temas subsequentes lerão os nossos excertos a tentar compreender afinal que "máscara é, e o que lhe está subjacente?

É uma icógnita, uma interrogação?! para a qual os nossos interlocutores querem respostas.

Falar destas interrogações e com esta frontalidade, confessamos que são poucos que o conseguem extrapolar, "sem pregaminhos" sobretudo a inacessibilidade e secretismo que encerram estas discussões pelo imperativo dessa "irreversibilidade do tempo".

Não queremos incutir a nossa verdade, porque apenas e tão só, ser a nossa, mas a "vossa verdade" para nós é a mais importante pela diversidade de opiniões e pontos de convergência.

Mas se as "convicções" vêm de dentro, no nosso âmago, e a sentimos como que uma força sobrenatural que nos fala interiormente, cabe-nos saber se a "vida terrena"  por ser esta efemeridade, e se tal passagem para outra vida a que chamamos "metamorfose" se se tem como garantida?  Reformulamos a pergunta e respondemos afirmativamente.

Sim mantemos a nossa coerência nos nossos discursos anteriores, seria um imprudência para a humanidade, vivermos se perceber afinal o destino subsequente (...) da nossa "vida terrena".

Levá-nos a ironizar o que a seguir vai descrito:

Viver por viver, terminada a "vida terrena". Termina tudo! Dizem alguns interlocutores?!. Não há passagem para outra vida, não há nada.

Somos os mais tristes deste Mundo?!

Que Fatalidade!

A convicção que temos  de que a "imperfeição" no ser humano determina que as consequências daí resultantes ofusca o "conhecimento sublime" desta permanência efémera nesta "vida terrena" . Isto é,  o prefeccionismo "não existe" é uma aberração, este termo não é para os humanos (...), o suposto protagonismo que ousam ter é puro pretensionismo.

Face ao comportamento inadequados dos nossos antepassados, conectados com uma carga pejorativa que em muito nos diminui sobretudo pelos maleficios, traições, assassínios, e ainda pelo sadismo que prevalece e enferma a humanidade.

A humanidade tem qualidades e defeitos. Sendo que os defeitos são mais evidentes, por isso a "imperfeição", como diziamos é "latente, é um estado adormecido.

Não ignoramos o malefício que a humanidade contra a humanidade tem desferido golpes fatais que muito têm denegrido a convivência sã e harmoniosa.

Por essa razão. o nosso discurso, "insatisfeito" com o comportamento humano, tem aflorado o convencimento de que esta vida é como uma "antecâmara". Já o dissemos "frase semelhante" noutro contexto, utilizamos já o mesmo termo.

É isso mesmo, este Mundo em que vivemos é como que uma "ante-câmara", como que uns preliminares, para se ensaiar e a "peça correr lindamente".

E assim a necessidade de uma chamada de atenção aos nossos interlocutores, que o nosso discurso quer enaltecer com apenas dois pontos:

1º. Pela inconformidade do que é este Mundo, desigual, triste, trágico, traiçoeiro e nostálgico, embora com alguns momentos alegres e hilariantes, para disfarçar.

2º. Pela convicção de que tem que existir a compensação de que este Mundo actual, serviu, enquanto "Mundo-Escola", para aprender que a maldade dos humanos existe e ainda está "latente".

Finalmente para fortalecer o nosso discurso que às vezes, fizemos de conta, que vai tudo bem e procuramos filosofar nos contextos a que nos referimos nos nossos discursos. Seguirão sempre nesta tónica porque é o nosso tema a "irreversibilidade do tempo" que sustenta o nosso discurso. António Cardoso

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