terça-feira, 17 de maio de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 105








O tempo constitui uma obsessão para o ser humano, desde à sua concepção que procurou compreender o mistério (...) para o desvendar no entanto sem efeito, tendo-se conscencializado que não "dura sempre", enquanto num corpo de "vida material".

Esta preocupação que tem afligido, com algum ressentimento, sendo por isso que uma "nostalgia" se instala e é automaticamente desvalorizada como forma de dissimular.

Porquanto o indivíduo em particular, é formado organicamente por corpo-matéria, perecível e está condicionado a "vida material".

É evidente que o indivíduo se questiona sobre este facto, contudo ciente desta situação "irreversível" procura ignorá-la por determinado tempo.

Mas tudo volta ao princípio, para reflectir sobre o seu posicionamento face ao tempo esta anterioridade indesmentível que o confronta afinal para saber das razões da sua existência.

Sabemos que o indivíduo em particular no seu subconsciente tem esta percepção de que é um ser perecível e, consequentemente, sujeito às leis naturais.

Nos nossos excertos anteriores temos referido que existe outra dimensão de vida, obviamente depois de ocorrer a falência desta vida material.

A vida em que o indivíduo está submetido é limitada por um tempo que chamamos "vida terrena ou vida material"

É evidente que esta "vida material" está cheia de "decepções", porque é uma vida efémera, tudo o que se fizer é "provisório", enquanto tivermos esta "vida material".

Há outra dimensão de vida que ocorrerá depois de terminada a existência física, no entanto, a constituição orgânica da existência de alguém, é composta por duas partes: parte material, corpo-matéria e parte espiritual, alma-espírito.

O que acontece é que ao corpo-matéria perecível que se extingue por deixar de viver, fim inevitável desta vida material, portanto condiciona a humanidade.

Quanto a outra parte que é espiritual, alma-espírito, são nossas percepções e todos os excertos anteriores salientam este pressuposto que acontece (...).

Por se tratar de outra dimensão de vida que admitimos ser esse estado que vai prevalecer, um estado "virtual", alma-espírito, cuja "inacessibilidade" é factual.

E para reforçar o que acabamos de referir é nossa convicção de que a autenticidade de outra dimensão de vida que ocorrerá aos humanos, formada por  alma-espírito inacessível.

Neste nosso mundo material, a que estamos submetidos, por isso extrapolamos para esta realidade (...), porquanto a "inacessibilidade" condiciona todo o resto.

Esta é a nossa percepção, tudo quanto dissemos anteriormente nos excertos que antecedem é nesta base porque não nos conformamos com este "mundo material"que é inevitável e cuja irreversibilidade é um facto.

Existe algo (...) transcendente que não está "acessível" aos humanos e reiteramos insistir neste fundamento.

Porquanto o ser humano formado por corpo-matéria neste mundo material,  fora desta "alçada" da "vida terrena", há outra dimensão de vida que ocorrerá quando a falência desta a actual que vivemos e conhecemos.

Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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