segunda-feira, 2 de maio de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 92








A observação que temos sobre o tempo é sintomático, quando olhamos para o horizonte até onde os nossos olhos alcançam, notamos uma imensidão de céu e mar, mas existe para além destas realidades nós e o tempo.

Certamente que o tempo esta "grandeza universal" para o qual todos nós caminhamos e vivemos em sua função, sendo ele quem rege as horas, os dias, os meses, anos, décadas épocas, etc.

Toda esta contingência em que a humanidade se vê confrontada, uma certeza cujo pressentimento é infalível, até onde nos levará o tempo?!

A esta pergunta, obtém-se como resposta que ele levar-nos-á até onde formos capazes de o acompanhar, porquanto ele caminhará a sua marcha imparável.

Enquanto nós submetidos a "efemeridade" da vida logicamente nos deteremos pela incapacidade de o acompanhar.

Porquanto ao "tempo de vigência de vida terrena" que o indivíduo tem para viver é de facto efémero este tempo. Se tivermos em consideração que a permanência de "vida terrena" de cada indivíduo varia, obviamente, de indivíduo para indivíduo.

No entanto, temos uma média uma longevidade de vida "relativa" que poderá ser X ou Y.

Sabemos que a ciência no tocante a medicina tem feito progressos, nomeadamente, para prolongar a vida da humanidade, um nível considerável de avanços têm lugar e esta realidade é um facto indesmentível.

Confrontados com o tempo de "vida terrena" em que a existência física de cada um está implicitamente ligada a este condicionalismo, por outras palavras, enquanto o indivíduo for vivo, mantendo a sua existência física.

Terminada esta existência física, equivale a dizer que o seu limite de "vida terrena" terminou, porque deixou de viver.

Temos referido nos nossos discursos anteriores que o indivíduo é formado organicamente por corpo-matéria perecível e por outra parte alma-espírito, sendo esta última que prevalece.

Daí que a compreensão é a seguinte: Colocar-se a pergunta então há duas vidas? ||"Uma corpo-matéria e outra alma-espírito?"] Não. Não há.

Apenas uma que se vive que se morre, para dar lugar a outra "dimensão de vida", outro "status", que não é nesta vida material que nos habituamos e a conhecemos.

Enquanto vida material que determinado indivíduo vive num corpo-matéria, a que chamamos também "vida terrena" ou "vida material" que se extingue ou termina como já foi referido.

Outra "dimensão de vida" é de facto um secretismo que se encerra pela incapacidade da mentalidade humana a puder desvendar face a "inacessibilidade" deste conhecimento (...).

Visto que o conhecimento deste "pressuposto" não é "terreno", não pertence ao nosso universo conhecer essa "inacessibilidade" por lhe estar vedada, obviamente.

Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para puder deixar mais algumas considerações, sobre o nosso tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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