quarta-feira, 4 de maio de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 94







O tempo presente é este actual segundo o qual o indivíduo em particular questiona a sua existência, seu objectivo e seu destino. 

Quanto a primeira premissa  no tocante a sua existência física, ele já compreendeu que tem um tempo de permanência de vida, enquanto viver, logicamente, este é um dado adquirido.

Por isso tenta cuidar de si mantendo-se saudável para prolongar o seu tempo de vida, cuja razoabilidade "destes cuidados" ele sabe que são relativos.

Sobretudo face a ocorrência de qualquer contrariedade ou adversidade pontual, que possa eventualmente existir, algum constrangimento físico, ou psíquico poderá fragilizar o seu estado normal.

Relativamente ao objectivo que o indivíduo poderá ter, afirmarmos ser transversal poderá existir, ou não alguma apetência para desempenhar algo específico.

Face alguma especialização, para se trabalhar numa área determinada, ou que contrariamente  poderá ocorrer também por algum imperativo, uma contingência que desempenhe uma outra actividade.

A imprevisibilidade do tempo e as suas consequências que lhe estão implícitas, não é linear conjecturar um paradigma pelo qual se quer seguir, todas estas situações não são estranhas a sociedade.

Sobretudo por não se puder prever antes alguma "incompatibilidade", sendo que as surpresas têm recurso casuístico, como forma de as solucionar.

Daí que os "modelos" pelos quais se traçam como exemplo a seguir, face a credibilidade que se apresentam por comprovarem a evidência e exequibilidade destes actos e acções.

No entanto, existe de facto um número considerável de homens e mulheres que fizeram jus ao "sonho" tornando realidade, a profissão ou a actividade para a qual investiram todo o seu saber e esforço para o conseguir.

Neste percurso que o indivíduo e o tempo "percorrem" em que tudo isso já foi referido, concretamente,  o estado último do indivíduo nos nossos excertos anteriores, face a existência física do indivíduo, o "estar vivo" é o seu objectivo, este imperativo é a sua ânsia de "viver".

Trabalhar, uma actividade para a qual ele faça face a sua vida como forma de sustentabilidade cuja remuneração do seu trabalho é o rendimento material condicionador e consequentemente para se manter sustentável.

Coexistir, vivendo de harmonia com os parâmetros de uma vida estável que esta se torne "longa", que é seu desejo e que adquira na sociabilidade a que pertence usufruir dos benefícios de uma vida efectiva e feliz.

Com a finalidade de prosseguir o seu "destino" com último acto da sua vida e que fique integrado na convergência cuja efectividade que seja harmoniosa, embora "inconformado" com o seu "último acto".

O seu destino irreversível, porquanto nunca descurou o pressuposto da sua constituição orgânica, como corpo-matéria perecível. 

É esse tempo decisivo que o indivíduo se questiona, desde a sua concepção, à medida que cresceu, foi conhecendo a dinâmica desta realidade e as suas consequências.

Às vezes procurou "aliar-se", para desvanecer este pensamento, tentando dissipar alguma "frustração", para não se sentir fragilizado e inconformado, sendo categórica esta imposição a que os humanos estão submetidos.

Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar mais algumas considerações, sobre o nosso tema, a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso






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