domingo, 8 de maio de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 98






É evidente que o tempo de que dispomos é tão relevante se tivermos em consideração quando esperamos provoca impaciência, porque interrompe uma dada sincronia de outros afazeres.

Porque vai faltar "tempo" sobretudo pelo compasso de espera que não prevemos, porque pensamos que o tempo a gastar será o menor tempo possível.

Com efeito, o tempo esta "pluralidade de tempos" também é pluralidade de esperas, uma dinâmica própria em que tudo está sincronizado e é essencial esse tempo de espera.

O ritmo temporal em que a humanidade vive não é o mesmo ritmo que o "tempo social", os momentos estão compartimentados nos espaços que estimam um dado tempo a percorrer.

Sendo que esse espaço equivale a X tempo que é o tempo de espera, por exemplo: quando esperamos pela entrega de uma guia em determinado departamento.

Administrar o nosso tempo por ser "relativo", dependendo da forma como determinada pessoa gere o seu tempo, geralmente o pressuposto é fazer render o tempo, porque ele é escasso.

No entanto há pessoas que desperdiçam tempo, por perderem tempo a mais em certas tarefas como por exemplo: o tempo despendido a esperar por alguém, essa expectativa causa na pessoa preocupação.

Porque está a perder tempo, como vai planificar o resto dia, para puder compensar aquele tempo perdido de espera.

Essa irresponsabilidade faz com que a pessoa aprenda a lidar diferentemente com as regras racionais e culturais variando de pessoa para pessoa, no que concerne a diversos condicionalismos que se prendem com a consciência intrínseca de cada um.

A  dessincronia com perda "desse tempo" que poderá ou não afectar daquele que se faz esperar.

Também é de referir que se identifica melhor a propensão dessa pessoa, no tocante a sua motivação em causa, os seus desejos e aspirações individuais, face obrigação e os deveres bem como as regras de moral e ética que a pessoa pode ser possuidora, ou não.

O tempo este valor incalculável para a humanidade e para a pessoa em particular é a garantia do convívio efectivo onde as regras são estreitas pelo rigor, sociabilidade e persuasão das normas que a regem e os deveres de cidadania.

O tempo também é uma "escola da vida" na acepção da palavra, em qualquer vertente social, porquanto todas as situações que ocorrem estão representadas no tempo em que nos encontramos.

Nas relações sociais onde a reciprocidade funciona como dar e receber dentro de um contexto em que ressalta as relações de boa vizinhança, amizade civilidade etc.

Naturalmente que o tempo sabe destas razões em que existem em momentos específicos onde urge a responsabilidade por parte de alguém ciente destas obrigações, contudo há os "atrasados", mas também os "adiantados".

Porque o tempo não espera, e ainda há àqueles que chegam na hora prevista anciosos no seu comportamento, porque são exímios no cumprimento das regras de ética e brio social, que muito dignifica a humanidade esses anónimos que abraçam essa responsabilidade.

Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar as nossas considerações sobre o nosso tema, a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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