domingo, 2 de julho de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 348

Há a necessidade de afirmar algo que se sustente como verdadeiro quer por evidência ou demonstração.

É objectivo apresentar razões convincentes pelas quais tem a perspectiva de convencer sobretudo pelo poder dos seus argumentos.

É o que se passa relativamente a vida que se leva neste actual espaço global.

Toda uma vivência experimentada é demonstrada por actos ou acções praticados de maneira sistemática e habitual que não deixam dúvidas da “materialidade” do estado concreto e real da espécie humana.

Com efeito, a humanidade está submetida a viver determinada "vida material" num corpo-matéria, perecível.

Assim é que, dada às condições da matéria, a humanidade tem compreendido a "irreversibilidade" deste fenómeno que acontece consigo própria, uma inevitabilidade no tempo em que vive.

Que é concretamente, viver uma "vida material", sabendo que ela termina aquando da falência orgânica e material de que a humanidade é assim constituída.

E por imperativo desta situação prevalecente, face a constituição de que se é composto: por corpo-matéria, perecível, a degradação da matéria é um facto.

Porquanto se vive e extingue por ocorrência deste fenómeno material que é corruptível dada a sua especificidade material.

Esta identidade, sobretudo pelos caracteres que a compõem, é evidente que se reconhece um conjunto de traços peculiares implícitos a vida que se vive.

Algo tão especial e exclusivo pelas características que enferma na vida humana que é a de viver e terminar uma imposição irreversível.

Contudo um "sentimento", consentido, uma vez que conformados desta inevitabilidade, um reflexo cuja perplexidade é a contingência da efemeridade da vida que é de facto, uma passagem (...).

Porém, conscientes da efectividade desse pressuposto da qual a humanidade vive "refém", constituindo assim à sua submissão que se manterá na vida e no tempo.


Na expectativa de puder deixar mais algumas considerações sobre o nosso tema a "irreversibilidade do tempo. António Cardoso

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