segunda-feira, 10 de julho de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 356


Existe determinada circunstância para qual a humanidade tem consciência disso, sobretudo pela “vida material” que vive, sabendo que é efémera e passageira (…).

Circunstância essa que se apodera "temporariamente" da humanidade em geral e da pessoa em particular enquanto existência física, a viver num corpo-matéria.

Concretamente esta "vida material" que termina irreversivelmente no actual espaço global em que se vive.

Uma inevitabilidade (...), contudo esta particularidade é transversal na vida das pessoas.

Estas vêem subtraídas desse legítimo desejo de viver pela contingência irreversível da materialidade da vida imposta a humanidade.

De facto a vida que se vive é algo que se constrói e que se desenvolve, uma dinâmica cujos movimentos potencia certas energias positivas que ocorrem na vida das pessoas na sua generalidade.

Assim na vida e no tempo da actual conjuntura são assinalados diversos projectos sociais, bem como a visão da modernidade, o novo rumo para o homem de hoje é todavia marcado pelo novo paradigma.

Em que a individualidade caracterizada pelo isolamento actualmente banida pelo desígnio social, pela interacção que liga pessoas e sectores corporativos e sociais.

Assim a humanidade emerge de um novo registo em que estava vinculado, para interagir com o mundo moderno nas relações para construção e transformação do sujeito moderno.

Um novo ritmo de vida que se abstém na reflexão de que finalmente vive uma "vida material", condicionada a um tempo de vida.

Segundo a qual se expressa pela longevidade de cada um, uma permanência em "tempo de vida" enquanto existência física a viver num determinado corpo-matéria, perecível.

Nesta conformidade, a humanidade vive nesta "esfera" do mundo moderno que está ligada ao desenvolvimento e progresso.

Fazendo com que as pessoas vivam desse imperativo com as suas ilusões pela satisfação imediata.

Pelo prazer que elas apresentam a aparente superficialidade da felicidade, porquanto neste mundo material é "passageiro".

Ainda assim é "razoável" o tempo como permanência de "vida terrena ou vida material", que se vive, porém não existe outra alternativa neste espaço global onde se está inserido.

Porquanto, é único e indivisível a cada pessoa que terá de viver o "tempo de vida" que lhe couber, considerando que de pessoa para pessoa varia "esse tempo", se é mais longo ou não.


Na expectativa de que o nosso discurso possa deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso.

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