Existe determinada
circunstância para qual a humanidade tem consciência disso, sobretudo pela “vida
material” que vive, sabendo que é efémera e passageira (…).
Circunstância essa que se apodera
"temporariamente" da humanidade em geral e da pessoa em particular enquanto
existência física, a viver num corpo-matéria.
Concretamente esta "vida
material" que termina irreversivelmente no actual espaço global em que se
vive.
Uma inevitabilidade (...), contudo esta
particularidade é transversal na vida das pessoas.
Estas vêem subtraídas desse legítimo desejo
de viver pela contingência irreversível da materialidade da vida imposta a
humanidade.
De facto a vida que se vive é algo que se
constrói e que se desenvolve, uma dinâmica cujos movimentos potencia certas energias
positivas que ocorrem na vida das pessoas na sua generalidade.
Assim na vida e no tempo da actual
conjuntura são assinalados diversos projectos sociais, bem como a visão da
modernidade, o novo rumo para o homem de hoje é todavia marcado pelo novo
paradigma.
Em que a individualidade caracterizada pelo
isolamento actualmente banida pelo desígnio social, pela interacção que liga
pessoas e sectores corporativos e sociais.
Assim a humanidade emerge de um novo
registo em que estava vinculado, para interagir com o mundo moderno nas
relações para construção e transformação do sujeito moderno.
Um novo ritmo de vida que se abstém na
reflexão de que finalmente vive uma "vida material", condicionada a
um tempo de vida.
Segundo a qual se expressa pela longevidade
de cada um, uma permanência em "tempo de vida" enquanto existência física a viver
num determinado corpo-matéria, perecível.
Nesta conformidade, a humanidade vive nesta
"esfera" do mundo moderno que está ligada ao desenvolvimento e
progresso.
Fazendo com que as pessoas vivam desse imperativo
com as suas ilusões pela satisfação imediata.
Pelo prazer que elas apresentam a aparente
superficialidade da felicidade, porquanto neste mundo material é "passageiro".
Ainda assim é "razoável" o tempo
como permanência de "vida terrena ou vida material", que se vive,
porém não existe outra alternativa neste espaço global onde se está inserido.
Porquanto, é único e indivisível a cada
pessoa que terá de viver o "tempo de vida" que lhe couber,
considerando que de pessoa para pessoa varia "esse tempo", se é mais
longo ou não.
Na expectativa de que o nosso discurso
possa deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade
do tempo". António Cardoso.
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