O instante é uma grandeza ínfima circunscrita no tempo,
contudo é predominante essa vigência do “instante temporal”.
Porquanto é num instante que se adquire à vida na sua “específica
concepção”, por um lado.
Por outro lado, também se perde irreversivelmente em “dado
instante”, caracterizada pela imprevisibilidade funesta da vida (…).
Acometidos deste infalível pressuposto, é significativo de que
afinal o tempo marca um determinado tempo de instante a instante, que será aquele
tempo que se traduz como de tempo de permanência terrena, enquanto existência física
de “alguém” neste actual espaço global.
Esta inevitabilidade de viver tão somente uma “vida material”
o que sucede à humanidade, pois vive ciente dessa condição material que é
imposta porque assim está construída em corpo matéria, perecível.
Com efeito, viver é um imperativo que a humanidade subsiste
de geração em geração deste facto, face à sua anterioridade civilizacional que
lhe está subjacente que condiciona na sua generalidade que a torna submissa e
vulnerável uma predestinação inculcada no tempo viver a actual “vida material”.
Enquanto existência física material, é insofismável a dependência material que a humanidade
constitui essa a essência e que se torna
como fundamento da sua própria
existência intrínseco a espécie humana.
A existência do homem e da mulher se afirma pela essência da
sua natureza, representada como tal, quer ao homem ou à mulher, um e outro
engrenados num único "molde", que lhes dá corpo, sendo que à vida que os configura com caracteristícas X
e Y, contudo, iguais na "génese
concepcional", mas diferentes, indivísiveis e únicos.
A esta grandiosidade da espécie humana se chama indivíduo,
homem ou mulher, evidentemente, actualmente mergulhados no mesmo espaço global
onde vivemos.
No entanto, marcados pela contingência do tempo que absorve
esse"espaço temporal", como
sendo um "crédito não
duradouro" que é concedido a "alguém", que se traduz como "permanência de tempo de vida"
uma vigência em espaço temporal que poderá ser longa ou não.
O que significa afirmar que é relativo, o tempo de vida de
"alguém", se tivermos em consideração que é variável de pessoa para
pessoa.
Porquanto, o que é desejável é a longevidade caracterizada pela
"ânsia" de viver a que os humanos têm, parece-nos ser unânimes essa pretensão.
A vontade pela vida é legítima e se manifesta ardentemente
na humanidade, um fenómeno inexplicável, o "prazer pela vida",
constitui o seu"enigma" da felicidade que se terá ou não no mundo em
que vivemos.
Assim no âmbito desta auto revelação, de um modo geral em que
todos os homens e mulheres se revêem, pela multiplicidade dos benefícios, que a
vida encerra, porquanto
"viver", significa dar e receber, aprender para compreender o quão
grandioso é esta espinhosa "tarefa de viver".
Não se vive irresponsavelmente, o sabor da vida é algo
indecifrável, uma latitude e abrangência sem precedentes um "dom único" para o qual não se
vive "duas vezes", um pragmatismo que atinge o seu cume no "amor
a sabedoria”.
Por ser diametralmente oposto ao mundo material, que é o
nosso, "conhecer" os "meandros" de uma realidade
sobrenatural da qual também a espécie humana é composta:
Por um lado, a humanidade é formada organicamente por
corpo-matéria perecível, submetida às leis da natureza, sendo que à sua
degradação enquanto corpo material é um facto, o que sucede aos humanos.
Por outro lado, é ainda composta por alma, espírito, sendo esta vertente sobrenatural,
portanto não é degradável e que para a qual pouco ou mesmo "nada" se
conhece a seu respeito.
Justamente, pela "inacessibilidade" deste seu conhecimento, que se manterá (...) esse obscurantismo .
Assim na expectativa de puder deixar mais algumas
considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo", fizemos
desta forma. António Cardoso
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