sexta-feira, 2 de junho de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 320



O instante é uma grandeza ínfima circunscrita no tempo, contudo é predominante essa vigência do “instante temporal”.

Porquanto é num instante que se adquire à vida na sua “específica concepção”, por um lado.

Por outro lado, também se perde irreversivelmente em “dado instante”, caracterizada pela imprevisibilidade funesta da vida  (…).

Acometidos deste infalível pressuposto, é significativo de que afinal o tempo marca um determinado tempo de instante a instante, que será aquele tempo que se traduz como de tempo de permanência terrena, enquanto existência física de “alguém” neste actual espaço global.

Esta inevitabilidade de viver tão somente uma “vida material” o que sucede à humanidade, pois vive ciente dessa condição material que é imposta porque assim está construída em corpo matéria, perecível.

Com efeito, viver é um imperativo que a humanidade subsiste de geração em geração deste facto, face à sua anterioridade civilizacional que lhe está subjacente que condiciona na sua generalidade que a torna submissa e vulnerável uma predestinação inculcada no tempo viver a actual “vida material”.

Enquanto existência física material, é insofismável a dependência material que a humanidade constitui essa essência e que se torna como fundamento da sua própria existência intrínseco a espécie humana.

A existência homem e da mulher se afirma pela essência da sua natureza, representada como tal, quer ao homem ou à mulher, um e outro engrenados num único "molde", que lhes dá corpo, sendo que  à vida que os configura com caracteristícas X e Y, contudo, iguais na "génese concepcional", mas diferentes, indivísiveis e únicos.

A esta grandiosidade da espécie humana se chama indivíduo, homem ou mulher, evidentemente, actualmente mergulhados no mesmo espaço global onde vivemos.

No entanto, marcados pela contingência do tempo que absorve esse"espaço temporal", como sendo  um "crédito não duradouro" que é concedido a "alguém", que se traduz como "permanência de tempo de vida" uma vigência em espaço temporal que poderá ser longa ou não.

O que significa afirmar que é relativo, o tempo de vida de "alguém", se tivermos em consideração que é variável de pessoa para pessoa.

Porquanto, o desejável é a longevidade caracterizada pela "ânsia "de viver a que os humanos têm, parece-nos ser unânimes essa pretensão.

A vontade pela vida é legítima e se manifesta ardentemente na humanidade, um fenómeno inexplicável, o "prazer pela vida", constitui o seu"enigma" da felicidade que se terá ou não no mundo em que vivemos.

Assim no âmbito desta auto revelação, de um modo geral em que todos os homens e mulheres se revêem, pela multiplicidade dos benefícios, que a vida encerra, porquanto "viver", significa dar e receber, aprender para compreender o quão grandioso é esta espinhosa "tarefa de viver".

Não se vive irresponsavelmente, o sabor da vida é algo indecifrável, uma latitude e abrangência sem precedentes um "dom único" para o qual não se vive "duas vezes", um pragmatismo que atinge o seu cume no "amor a sabedoria”.

Por ser diametralmente oposto ao mundo material, que é o nosso, "conhecer" os "meandros" de uma realidade sobrenatural da qual também a espécie humana é composta:

Por um lado, a humanidade é formada organicamente por corpo-matéria perecível, submetida às leis da natureza, sendo que à sua degradação enquanto corpo material é um facto,  o que sucede aos humanos.

Por outro lado, é ainda composta por alma, espírito, sendo esta vertente sobrenatural, portanto não é degradável e que para a qual pouco ou mesmo "nada" se conhece a seu respeito.

Justamente, pela "inacessibilidade" deste seu conhecimento,  que se manterá (...) esse obscurantismo.

Assim na expectativa de puder deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo", fizemos desta forma. António Cardoso

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