quinta-feira, 3 de março de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 32





O tempo por ser imperativo nas nossas vidas constitui o conhecimento real e absoluto que é irreversível traduzidas pela evidência e demonstração desta realidade.

O tempo que se vive num determinado momento extingue-se para dar lugar ao próximo "momento ou instante" dada a sua irreversibilidade, é "um ciclo" que nunca se fecha interminável.

O tempo contém nele já a sua irreversibilidade, sobretudo pelos factos decorrentes de algum "insólito" sem danos ou causas, esses momentos dissipam-se por constituir já uma "lembrança fugidia" desse momento.

A verdade é que "as lembranças" remontam já a um tempo passado, e que o "instante" que se viveu, pertence inevitavelmente a esse tempo que foi absorvido.

Por isso é que afirmamos ser a irreversibilidade, em concreto, tudo que passa, deixa de existir (...). 

Porquanto diz-se "irreversível" a tudo o que não se pode reverter. Ora, se o tempo que já passou, jamais o podemos trazer de volta (...).

No nosso imaginário temos registado o momento sobretudo pela faculdade de nos lembrarmos, de algum momento e dele pudermos aferir as circunstâncias que tiveram lugar sendo lógico qualquer dedução, sem lhe atribuirmos importância por ser subtil e efémero.

Assim insistimos de que a "irreversibilidade" e o tempo caminham juntos, sendo que o tempo continua sem parar (...) por ser seu objectivo.

Quanto a "irreversibilidade" caminha com o tempo como seu complemento, sendo um adjectivo que converte esse espaço de tempo "num tempo passado".

O tempo, dada a sua experiência disponível com vista a valorização do conhecimento que teve pelos benefícios da convivência que adquiriu desde sempre com os seus protagonistas, interagiu, solucionou diferendos  aconselhou, etc.
  
O tempo esteve sempre presente na vida dos seus protagonistas e é revelador do seu domínio face a várias situações que convergiu com a "irreversibilidade" sendo que esta levou sempre por diante as suas intenções da conversão do tempo "em tempo passado", pela fatalidade de ser "irreversível" a sua missão.
   
O tempo pode ser também um "tempo perdido", sobretudo se não aproveitarmos (...). Quantas frustrações têm sido funestas se "desperdiçou" o tempo.

O tempo é um "herói" por transmitir experiências e ensinamentos dos quais teve momentos "audaciosos de bravura e notoriedade" que os seus protagonistas não esquecem as suas "façanhas".

O tempo é a contemplação efectiva de se congratular com os momentos de "ouro" pela essência desse "tempo sublime", de visão sobre os acontecimentos,  que acalentou consciências e sensibilidades.

O tempo ainda são "aqueles laços fortes" e lembranças de reconhecimento para os quais se está penhorada a "alma e no corpo", pela bondade de que fomos alvos, revivendo essa imensa felicidade.

O tempo é também um "mundo fictício" onde se permaneceu "algum tempo" o seu protagonista, sendo dois tempos, teve que escolher, o tempo da razão e o da emoção, o primeiro por ser lógico e manter a racionalidade, o segundo que é o afectivo, o "amor". A escolha recaiu na lógica racional.

O tempo esta dualidade de sentimentos, saber destrinçar a razão porque é imperativa e substantiva na nossa vida, o segundo, o sentimento que vem anexado à vida, o "amor", sentimento profundo e único, na pessoa em particular, porquanto esta grandeza, os adjectivos, são "vagos" para o enaltecer.

Paradoxalmente o tempo, em busca do seu elemento constitutivo, caracterizado pela "irreversibilidade" que com ela caminha num trajecto interminável (...) em que se esbatem as pretensões coincidentes de um e outro submissos a esta realidade irreversível.

Assim o nosso discurso continuou na direcção que nos levou as nossas considerações sobre o nosso tema "a irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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