sábado, 12 de março de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 41





O tempo como referencial da nossa existência por registar os momentos, os instantes decisivos, os quais constituem num determinado espaço de tempo o início de algo (...), como por exemplo: a concepção da vida de alguém e que começa nesse preciso instante (...) a  viver.

Essa individualidade que tem um nome, homem ou mulher, que absorvido pelo tempo, começa o seu percurso de vida (...). Uma limitação que lhe está subjacente, porquanto a sua permanência de espaço de "vida terrena" é X ou Y.

O que quer dizer que pode esta vida (...) ser longa, ou não, ninguém pode prever concretamente o tempo que vai viver esta vida (...).

O tempo é quem estabelece também o "tempo histórico" para informar-nos que ao longo da nossa história, por exemplo: "o surgimento da escrita", uma conquista que o tempo registou com grande júbilo e notoriedade, um passo importante civilizacional.

É o tempo sempre a conferir-nos o protagonismo, porquanto ele está em todos os tempos é sintomático o seu acompanhamento por ser o interessado em saber dos acontecimentos que naturalmente irão ter lugar.

O tempo, sabedor de todas as situações que decorrem sob o seu controle, sendo sua característica é estar em todos os locais, pela sua condição única e que lhe reconhecemos como tal.

O tempo por ser imperativo, esta razão "virtual" que não vemos, mas sabemos que existe e vigora no tempo, contudo cada instante "percorrido", como é óbvio, deixa de existir, o instante ou momento, que já passou, agora é a sua "irreversibilidade".

Porquanto o tempo se "consome" gradualmente, constituindo a sua irreversibilidade. A existência humana sabe que tem um tempo pelo qual se espera algo (...) ?! Temos vindo a falar sobre a "mudança" que ocorrerá, são duas partes que o nosso corpo é formado:

Uma parte corpo-matéria e outra parte espiritual, alma ou espírito. Sendo esta última é que prevalece.

Existindo simultaneamente estas duas partes, corpo-matéria e alma espírito, a pessoa individualmente, com condições específicas enquanto ser humano, incorporado em duas partes, corpo-matéria, e alma ou espírito.

O tempo é tão importante na nossa existência porque condiciona enquanto "formos vivos" pela necessidade imperiosa da passagem para outra "dimensão de vida" que ocorrerá depois desta, aquando da extinção por via da decomposição física, corpo-matéria a que estamos sujeitos.

Uma transformação, noutra "dimensão de vida" ocorrerá porque temos referido tratar-se da "metamorfose". A parte essencial é a alma ou espírito, sendo que o corpo-matéria perecível, deixará de existir, restando apenas àquela parte espiritual.

Certamente que a compreensão deste facto é evidente, se tomarmos em consideração, que a condição de que o nosso corpo-matéria, degrada-se é uma causa efeito, por ser perecível, aqui mão temos dúvidas.

Já o temos afirmado noutros excertos anteriores que é parte essencial alma ou espírito e para qual esta dimensão de vida chamamos-lhe "metamorfose".

A nossa existência está implicitamente marcada no tempo, o que significa dizer que temos "um tempo" que constitui a nossa permanência enquanto vida submetida a "limitação" de uma vivência terrena.

Assim o nosso discurso seguiu a direcção que nos propusemos para deixar as nossas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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