terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 24





 A alma ou espírito por sabermos que existe, esta sensibilidade latente, que não vemos, nem tocamos, pois não podemos alcançar, é inexplicável, pela contingência que estabelece como que uma "barreira" virtual.

Por isso é fácil dizer que não existe, o espírito ou alma é pura invenção?! Mas existe de facto, a verdade é que não conseguimos alcançar face ao seu "status".

O corpo, matéria perecível, pensamos que neste ponto, corpo-matéria os nossos interlocutores estarão de acordo, reservando-se ao silêncio, quanto a alma ou espírito, certamente nenhuma palavra a respeito irão pronunciar.

Porque, desde o momento em que o corpo já não faz parte de um todo, este universo virtual alma ou espírito é composto com corpo matéria perecível.

Restando apenas o corpo, porque a alma ou espírito para adquirirem o seu "status" isolam-se.

Por outras palavras, terminada vigência de espaço de tempo de "vida terrena", que um determinado corpo existiu, porque a vida terminou (...), o corpo matéria perecível, é obsoleto, porquanto o que está subjacente e de valor incomensurável é essa entidade alma ou espírito.

A existência física, portanto corpo, matéria, como já dissemos nos excertos anteriores e reafirmamos que a nossa convicção pela qual a alma ou espírito pertencem a seu "status" . 

Não é compatível corpo, matéria e alma ou espírito coabitarem  após da falência da vida (...). O quer dizer que terminada a "vida terrena" o corpo isola-se do espírito ou alma.

Para reforçar o que acabamos de dizer, são como que dois mundos diferentes, enquanto ser humano, composto alma ou espírito, corpo, matéria perecível, tudo muito bem, extinguida a vida (...), tudo muda.

Os mundos também se isolam-se da criatura humana, cada mundo com seu "habitat". Portanto o mundo da alma ou espírito é outro tem o seu "status" (...), dissemos por exemplo: é virtual, mas que existe (...).

O outro mundo a que nos referimos é o actual onde a humanidade vive, que é "vida terrena" onde o nosso discurso se sustenta de que terminada a "vida terrena", há uma passagem, que chamamos, "metamorfose".

O corpo, matéria perecível, acabará certamente, porque é matéria (...), aliás temos já experiências pelas pessoas que adoptam ser cremadas, ora deixa de existir o corpo, matéria em fracção de minutos, porque o corpo, matéria se extingue pelo fogo e acção de altas temperaturas, reduzindo a cinzas aquele que foi o corpo de alguém.

E visando toda a conjuntura que o ser humano enquanto vida incorporada num corpo, tem as propriedades de "vida terrena", e consequentemente o mistério da vida é um facto (...), extinguindo esta tudo é diferente. O poder da natureza dispõe harmoniosamente cada espécie no seu devido lugar (...).
Convém referir que o corpo, matéria, enquanto vida, porque lhe está subjacente a alma ou espírito, esta vida na sua plenitude de "vida terrena", tem a sua identidade, mulher ou homem.

Extinguida essa identidade humana, portanto a ausência de vida (...) o corpo já não serve para mais nada, é matéria perecível, é acessório.

O essencial é a alma, ou espírito porque nunca se extingue, é o mistério (...) que não foi ainda desvendado, nem a mente humana tem essa presunção.

O que o nosso discurso sustenta é que há uma passagem, "metamorfose", ocorrerá, não nos pronunciaremos assuntos fora do conhecimento humano.

Esse conhecimento pertence ao além, uma outra Entidade para a Qual os "corpos perecíveis" já não existem, o que interessa será tão só, a alma ou espírito que certamente fará parte desse "status".

São estas as interrogações que proliferam em vários "foruns" de discussão, sendo as mesmas inconclusivas, por falta de argumentos ou fundamentação, de um dado concreto e real que ainda não é possível chegar a efectiva conclusão,

Assim o nosso discurso segue sempre no interesse de ir buscar algo (...) para inferir conjunturas, percepções, sem contudo nos comprometermos com elas. António Cardoso 


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