quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 25



O tempo é este presente momento pelo qual nos envolvemos em várias situações, é assim a vida confiando no inconfiável, porquanto desde o momento em que não sabemos (...), tudo parece andar sobre rodas, rectilíneo.

O tempo e as contingências da vida (...), que nos obrigam a tomar um número indeterminado de soluções, para as quais jamais pensámos ser exequíveis.

O tempo esta constante a persistir nesta inconformidade, afinal o que é a vida?! Tantos infortúnios e trabalhos, e as "lições" que se retiram desta vida quais?!

Vivendo este tempo com a intolerância a vários níveis, pressupõe o fracasso de um certo leque de situações que gostamos que fossem ultrapassadas e resolvidas.

É o tempo que se instala no momento a persuadir que é propício fazer isto ou aquilo, ou porque o tempo metereológico está bom.

Com efeito, e acompanhando esse momento "arregaçamos as mangas" e partirmos para o trabalho, acontece que foi magnífico (...) tudo decorreu lindamente.

O tempo trouxe-nos mais uma perspectiva para continuarmos de forma a aproveitarmos melhor o seu tempo.

Há momentos em que o tempo é tão veloz (...) que se esgota, de tal maneira, porquanto precisamos de mais tempo e não temos, o "tempo escureceu repentinamente", tarefas que não foram feitas.

O tempo surpreende-nos porque ele é quem rege o nosso dia, os meses, anos e assim por diante, foi assim nos tempos antigos dos nossos antepassados, é assim hoje e continuará a sê-lo.

O tempo, em nossas vidas é determinante são etapas geralmente sempre o mesmo percurso, mas com protagonistas diferentes.

A escola uma primeira etapa, que já passou, ou não, poderá ser continuada se optarmos por estudar.

O tempo surge noutra etapa da nossa vida agora para o profissionalismo, o mercado de trabalho, onde os que foram "bem sucedidos" continuam no mesmo registo, fazendo sempre igual, ou inovando, tornaram-se verdadeiros "ex-libris".

É assim o tempo com toda esta novidade, por exemplo: Aquele que foi empregado que esteve sempre a trabalhar numa fábrica, ganhou experiência e decidiu emigrar, hoje é empresário, teve sucesso e já emprega mais de duas dezenas de trabalhadores, fora os indirectos.

O tempo sempre a inferir nos seus protagonistas para não caírem no desanimo, mas a "vida activa", porque ele, o "tempo", não para e corre vertiginosamente, certamente, com receio de "si próprio", para não se sentir ultrapassado.

O que tem sucedido é a frustração porque o tempo já passou, já não conseguimos alcançar.

O tempo absorve as intenções "goradas", sobretudo àquelas que por mera coincidência não surtiram efeito, pela intolerância dos seus mecanismos, houve falha de sincronização.

Existe o défice que é frustrante para a sua continuidade, pois fica-se sempre a quem das expectativas, face ao sucedido anteriormente, funcionando como negativa para os ulteriores momentos que o tempo poderá a vir a proporcionar.

O tempo, como já se tem afirmado na sua irreversível caminhada não se preocupando se os seus protagonistas o acompanham ou não.

Ele posiciona-se a frente e enfrenta com decisão o percurso seguindo, ele sabe, que "há uma continuidade" para ele é um dado adquirido.

Nada é estático na vida (...), há mutação?! E consequentemente, o tempo também não é estático, obviamente.

É nesta certeza "infinita" que ele tem, porquanto quem com ele caminha está conectado ao "sucesso", porque a sua irreversibilidade impulsiona àqueles que o acompanham decididamente e com ele estabelecem um elo que jamais se extinguirá

É assim que o nosso discurso tem sobre o tema pelo qual nos debruçamos que é a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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