domingo, 10 de abril de 2016

"A irreversibilidade do tempo" 70 (...)








 O tempo é também a "concepção de facto", sobretudo que leva a imaginação de criar algo que se acredita decorrente da capacidade e do convencimento da sua exequibilidade por convergir o momento em que afinal se materializa.

A concepção não é somente o acto de conceber e dar início a uma "gestação", em que o espermatozóide fecunda o óvulo, a concepção é também a percepção que temos em determinado âmbito.

Que indica a capacidade de compreensão: por exemplo, uma ideia sobre algo que se materializa, sobre determinada visão de um objectivo, uma ideia que integra um pensamento, imaginação, abstracção, que pode ser considerada concepção?!

A concepção tem também por objectivo fazer culminar "determinados conceitos" em que pressupõe ideias e teorias que com aturado trabalho podem convergir na elaboração dos argumentos que sustentam uma teoria, uma concepção.

É na essência do tempo, nessa sua envolvência por ele ser o "predominante" sendo através dele que tudo ocorre nesta existência na qual nos revimos nele, face a sua anterioridade a humanidade.

O tempo se relaciona com todos e a influência que tem com a humanidade é cordial, sendo o tempo quem atribui o grau de valorização dos membros da comunidade, identifica as insuficiências, e alguns pontos que se aproximam para se obter uma visão mais generalizada sobre a comunidade.  

A modernidade, e as tecnologias daí resultantes tornam-se atractivo para o indivíduo por garantir a sua integração nesses domínios dos novos mecanismos, possibilitando a aprendizagem decorrente da formação adequada em que a sociedade começa a integrar-se com accões, sendo evidentes esses objectivos.

O tempo convive com a humanidade, organiza os espaços adequados para funcionarem escolas, constituindo uma agregação massiva de estudantes com alternância, sendo criados pavilhões de multiusos, ginásios e diversas actividades, com vista aos tempos livres, com condições aceitáveis para integração destes jovens na sociedade.

O tempo que estabelece com a humanidade regras e características cuja actividade é relacionada com a manutenção dos meios de subsistência decorrentes da capacidade de trabalho para que a produtividade seja um facto.

Sobretudo porque esta comunidade passa a maior parte do seu tempo ligado à terra, para extrair os bens necessários e os produtos para a sua subsistência.

O trabalho constitui uma "marca" do indivíduo, em particular e da humanidade em geral, esta "marca" que opera numa comunidade que é determinante para a qualificação do trabalho.

 A evolução de toda a sociedade que obtém os "subsídios" dessa sobrevivência que é a remuneração pelo seu abnegado trabalho.

O tempo coabitou sempre com a humanidade, conhece os seus "anseios" traduzidos pelo bem-estar e felicidade, que é determinante numa sociedade.

Porquanto se ao indivíduo se sente realizado, face ao seu trabalho, prosperou enquanto trabalhador, foi valorizado na sua profissão, pois já "não basta" qualificação" mas os "títulos e os ofícios",
Constituem relevância para um nível hierárquico consoante as suas atribuíções.


Contudo, face este imperativo da "vida terrena" em que o ser humano está condicionado pela vigência de "tempo", cuja irreversibilidade é evidente.

É lógico que face ao concreto da vida, porquanto  o indivíduo se "acha" que cumpriu o seu papel "viver condignamente", tenha ainda preocupação de que está condicionado a efemeridade de "vida terrena".

Paradoxalmente, parece, uma "fatalidade", se depois de tanto sacrifício, certamente, o "comum dos indivíduos" quer a "compensação" afinal deste seu trabalho laborioso e desgastante.

Assim o nosso discurso procurou encontrar a direcção exacta para deixar mais algumas considerações sobre o nosso tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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