sexta-feira, 15 de abril de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 75










O tempo condiciona a nossa "vida terrena", sobretudo porque o indivíduo é detentor de uma identidade e por consequência submetido a uma "permanência de tempo" de "vida terrena".

Se tivermos em consideração que a existência física de cada ser humano está implicitamente submetida a um espaço de tempo podendo ser X ou Y, dependendo da "permanência enquanto vida terrena", significa dizer enquanto for "vivo".

É sintomático que uma "inquietação" se apodera dos humanos, porquanto tudo ainda não está "adquirido", a realização humana, enquanto mergulhados no universo onde a humanidade vive o tempo que lhe for "supostamente atribuído".

 O indivíduo em particular, é exequível dizer que a sua "permanência enquanto vida terrena"  tem uma estimativa média de vida, que é X (...), isto é um dado concreto dos estudos de estatísticas que nos dão esses valores.

No tempo, todavia lidamos com o "inexplicável" da vida, os seus "meandros recônditos" onde se encerram toda uma conjuntura específica cujo acervo subjacente está outra "dimensão de vida", que não é esta vida material, apenas esta serve de "ante-câmara".

Este tempo em que vivemos, estas percepções ocorre-nos com "nostalgia", e às vezes até com uma doze de tristeza, o nosso estado psíquico e mental, conjectura algo (...).

Para depois remeter estas perguntas sem resposta, para o seu "arquivo latente", onde repousam incoerências, inconformidades, dúvidas etc.

Porquanto a complexidade que o assunto se reveste deixa em aberto (...) os pressupostos, segundo os quais jazem  já no "obscurantismo", ou não,  contudo uma visão nos impele para o "inexplicável" (...).

Esta condição na qual dá a impressão de que afinal a nossa vida está suspensa (...), porque o estado actual em que vivemos no corpo-matéria perecível, é um estado passageiro, uma mudança, ocorrerá (...).

Certamente que um estado definitivo será (...) o ideal. Porquanto já nos conformamos de que tudo o que se fizer nesta "vida terrena" é provisório, é uma introspecção convicta que assumimos ser a nossa verdade.

Tantas interrogações?! E ainda continua inalterável, sobretudo este pressuposto, segundo o qual, a nossa vida "está suspensa"?! O tempo com o seu "status" é imutável.

A pergunta anterior, se a nossa vida está suspensa?! É evidente  que é um facto, se tivermos em consideração que nada é definitivo nessa nossa vigência de "vida terrena", referimos ao indivíduo na sua singularidade.

 Levantamos aqui uma questão que parece-nos pertinente o nosso ordenamento jurídico prevê a "propriedade privada" aliás este ordenamento é universal, que estipula esta lei e deve ser respeitada a "titularidade" da qual se atribui como seu, o que é de facto, ser o seu dono.

Com efeito o nosso ordenamento jurídico diz que os "bens mudam subsequentemente de titularidade", o que significa dizer que os proprietários de bens, podem mudar esta titularidade.

Desde que com os instrumentos necessários, como os testamentos, e a posse genealógica hierárquica familiar, como o caso das "heranças.

O que pretendemos tão somente dizer é que os bens imateriais, imóveis, etc.estes se perpetuam indefinidamente é assim que está concebido na nossa história da humanidade.

Foi assim no passado é hoje no presente, quantos bens transitaram ao longo da "história" para titulares X ou Y.

Parece-nos que será tocar na sensibilidade" dos humanos que se "arrogam" o direito de possuirem X ou Y. 

Contudo, quando efectivamente as várias "mutações" da vida dos humanos condiciona também estas "nuances" pelo automatismo que elas encerram por se propagarem incessantemente os bens que foram do titular X.

Com o mudar dos tempos, a situação dessas "titularidades" se manterá transitando de titular para titular conforme os instrumentos que a lei obriga, a usufruir destas heranças.

E então os nomes dos supostos titulares ou donos, certamente que será mantida esta continuidade que está estipulada na lei.

Seguindo a genealogia hierárquica testamentária dos vários acervos que constituem pertença de X ou Y, que se manterá ao longo da nossa história civilizacional.

Convém referirmos que ao falar sobre estas questões dos bens e as suas "titularidades", queremos tão somente afirmar que na "vida em que vivemos", é tudo tão efémero.

Afinal os bens, as demais riquezas, propriedades, imóveis, espaços confinados jurisdicionais limitando essas supostas "posses ou titularidades".

Paradoxalmente, estes bens sobrepõem  ao valor "vida"? Que profundamente discordamos, no entanto, a lei deve ser respeitada, o que enfatizamos aqui e a desproporcionalidade do valor "vida" e estes bens.

Porquanto, há ainda o preconceito"latente" de que tudo é definitivo?!. Na nossa perspectiva não é. A "nossa vida", enquanto "vida" é provisória, parece existir alguma desconexão?!. 

Certamente por existirem "mentalidades" ainda imaturas nesse sentido tão "lacto" que é a vida.

Assim o nosso discurso procurou encontrar a direcção exacta para puder deixar mais algumas considerações sobre o nosso tema, a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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