"A irreversibilidade do tempo" (...) 81

O tempo que nos envolve sobretudo por uma "nostalgia" associada a um desejo sentimental de algum lugar de que conhecemos e queremos manter na "lembrança" que aumenta a nossa auto-estima. 

Porque contrapõe a solidão e promove uma ligação estabelecendo um elo que é a noção do passado e o presente individual.

É realmente uma sensação que faz regressar para recordar a infância, ou afastamento nostálgico por algum imperativo que aconteceu, como alguém que se ausenta da sua terra natal, que emigra.

É este mesmo "tempo" que em nossas vidas mantém esta actualidade, como se fosse "ontem" todas estas realidades que vivemos que nos impulsionam para "lembranças" e momentos felizes.

É um momento positivo, uma vivência experimentada, sobretudo por observar os "bons momentos" que se evidenciam na nossa memória, cuja descrição ainda "latentes", permanecem incólumes duma suavidade subtil.

É um sentimento que é transversal a todas as faixas etárias, o indivíduo constata que esses sentimentos se prendem de uma maneira geral, com a saudade, do meio ambiente.

Urbano ou rural, escolar ou profissional, são relações próximas de sociabilidade que vivemos e nos mantém nostálgicos.

Por um lado, face ao tempo decorrido e que visualizamos os "tempos actuais", notamos diferenças que são óbvias, no entanto, uma perplexidade se apodera de nós trazendo a melancolia que se instala.

Este fenómeno cada vez mais imediato, é protagonizado por alguma parte considerável das pessoas têm esta sensação pelos variados motivos os quais são confrontados, no sentido de suposta "pertença" de algo que perderam, ou não.

No tempo actual em que vivemos onde necessariamente vamos buscar algumas "reminiscências" de todo um passado palpitante em vários domínios, alguns até "momentos perfeitos" em que se vislumbra uma vida passada.

É de facto um historial que nós próprios, cada um na sua particularidade, usufruindo afinal deste acervo que é a vida no seu todo, sem exageros (...).

São realmente momentos de grande ímpeto indiscutivelmente, sobretudo pela subtileza e descrição dos protagonistas face as qualidades intrínsecas pautadas pela cortesia, empatia e sensatez os quais fizeram desses momentos "inolvidáveis" dignos desse tempo.

Alguns momentos de entretenimento ao redor da família em torno da qual, às noites a ouvir a rádio, ou ver televisão, um programa, um show, ou espectáculo, é a essência da vida e as memórias são como histórias infidáveis destes aliciantes momentos.

Assim o nosso discurso na expectativa de puder deixar mais algumas percepções sobre o nosso tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso