A vida
é (…) “oportunidade e condição”, relativamente sobre a “oportunidade” é de facto
favorável do benefício que se adquire pela sua posse, concretamente, a vida que
se tem, por um lado.
Por
outro lado, quanto a “condição" é a circunstância em que a pessoa se encontra
pela situação que a define.
Assim é
racional pensar que sendo a vida que se usufrui, porquanto é única e indivisível
pertença de “alguém”.
É
lógico que constitui uma “oportunidade” que é a de viver no actual espaço
global onde se está inserido.
Assim,
preservar no sentido de ter esse cuidado para proteger contra todos os perigos
é legítima e normal esta atitude.
Contudo,
às condições que são impostas à vida,
são bem mais diferentes, não passa somente pela defesa da vida com o dever de a cuidar.
Mas
também alcançar pela sua essência, designadamente, a vida significa um fenómeno
físico submetido às leis naturais.
A
espécie humana é revestida de um corpo-matéria, perecível, porque é assim
constituída, sendo portanto de natureza orgânica e material que a compõe.
Condições
essas que são implícitas à humanidade pelo imperativo que impõe em viver no
actual mundo global determinada “vida material”.
Com
efeito, quer a “oportunidade e condição” são reféns do pressuposto agora evidente,
por se tratar da vida que a humanidade na sua generalidade é obrigada a viver.
Sobretudo, por se tornar uma contingência irreversível que lhe está implícita.
Não é nenhum paradoxo, mas uma situação real a vivência que se tem
no mundo material, que termina
inevitavelmente.
Dada a especificidade orgânica e material de que a humanidade
é assim formada este fenómeno que ocorre pela sua extinção é irreversível.
Uma característica que a humanidade enfrenta, enquanto
existência física, a viver determinada vida material, que poderá ser longa ou não.
Nesta conformidade, a situação que prevalece
é a de encarar com naturalidade a "circunstância" a que se está
submetida.
Segundo a qual o percurso que se desenvolve no actual espaço global
é a "marca indelével" da actualidade dos nossos dias.
Na expectativa de que o nosso discurso
possa deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade
do tempo". António Cardoso
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