O
tempo sempre conviveu connosco, como no passado, é hoje e será amanhã o futuro,
contudo o tempo se mantém igual, a si mesmo, se tivermos em consideração,
biologicamente falando:
O
da nossa concepção em que o cruzamento dos cromossomas do homem e da mulher se
encontram, o gâmeta masculino, espermatozoide e o gâmeta feminino, o óvulo,
decorre num processo no qual se desenvolve o embrião que irá acontecer
posteriormente o nascimento da espécie humana, decorrido o período normal de fecundação.
Ora,
evidentemente, sendo este momento crucial, o da nossa existência, enquanto ser
humano, é lógico raciocinar que reflitamos, que afinal o tempo, não é apenas “circunstancial”
do momento em que algo aconteceu (…), mas tão somente o tempo é concreto, está
no momento certo e interfere decididamente, é parte integrante do indivíduo.
Não
é uma abstracção, pelo facto de não o pudermos “tocar, ver ou apalpar”, mas
algo implicitamente em nós, cuja convicção dessa existência é real, contudo a
sua inacessibilidade é um facto.
O
tempo mantém com o indivíduo vivências e experiências que possibilita o
conhecimento de algo em concreto em que se tem uma ideia definida.
O
papel da experiência reveste-nos de uma "couraça", espécie de uma
armadura por forma a evitarmos erros, um certo sentido de responsabilidade
aliada a nossa convicção que tem como assertiva.
A expriência permite expressar, transmitir e
partilhar a determinado colectivo de pessoas, a nossa visão fundada no
conhecimento, em que a prudência para eventuais ocorrências
"imprevisíveis", são tidas consideração.
Não
quer isto dizer que se pactue com a negatividade, mas face a experiência,
pressupõe a reflexão de determinados acontecimentos previsíveis ou não poderão eventualmente
acontecer (...)
É
a voz da experiência que faz advertir para a necessidade da "ocorrência do
insólito", não está tudo como adquirido, a prevenção é também da falência
pelo exagero em que a "falibilidade" acontece irreversivelmente, face
ao possibilidade de engano ou erro.
Esta
visão recebemo-la no tempo, um tempo vivido e experienciado, é o factor
determinante para conhecimento destas realidades, meramente circunstâncias ou
não.
A
relevância da experiência consiste em demarcar os limites, contudo há um limite para tudo, aliás ocorreu-nos lembrar
do aforismo popular: "A última gota
de água fez transbordar o copo".
O que significa dizer: "Tudo
que se acumula transborda, é aquela famosa última gota do copo que está cheio e
transborda. Entretanto quando transborda, não só cai a última gota, mas como
toda água que está dentro do copo"
O que se retira desta conclusão é que: "No instante que
a situação fica insuportável, o que sai para fora do copo são "todas"
as gotas acumuladas".
O exagero, a
intolerância, a "falta de prudência", e a ausência de regras elementares,
em que o equilíbrio, a percepção, a imprevisibilidade, são "nuances"
que devemos ter em conta.
Esta
visão da experiência está comprovada pela imensa literatura e dos avanços do
pensamento filosófico, para além dos demais contributos das áreas do
conhecimento diversificadas que salientam esta questão.
Sendo
portanto a experiência, como que "no fluxo imediato da vida", de cada
um de nós, algo concreto e decisivo é integral e exclusiva de pessoa para
pessoa, esta perspectiva de visão que generaliza no grande universo da espécie
humana.
Assim
o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixarmos mais algumas
percepções sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António
Cardoso
Sem comentários:
Enviar um comentário