segunda-feira, 28 de novembro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 246



O percurso do tempo é interminável (…), enquanto que determinada pessoa, em concreto tem inevitavelmente também um percurso que o fará, enquanto existência física.

A viver uma “vida material”, condicionada ao tempo de permanência  que poderá ser X ou Y, que varia de pessoa para pessoa.

Vivência essa que permite a compreensão de que a vida é efémera, um fenómeno existencial, enquanto a espécie humana é constituída  por corpo-matéria, condicionada a uma vivência temporal, que se resume a “vida terrena ou vida material”.

Às vezes, acontece que na vida de determinada pessoa, face as adversidades as correrias frenéticas,  um percurso desenfreado, não no sentido de sem controle, mas arrebatado por um movimento tal sem moderação.

A semelhança de um "conflito" entre a efemeridade da vida e a sua metamorfose, em que se espera as mutações da matéria, por um lado.

Por outro lado, pela ocorrência dessa transformação, decorrente de organismos vivos face à extinção pela matéria, por consequência da sua degradação, que é curiosamente o caso “sui generis” da espécie humana.

A efemeridade é também algo despreocupante, por ser tão fugaz determinado "espaço temporal", poderá ser longo, ou não, no entanto, a vida quotidiana é repleta de projectos, irrealidades pretensões percepções, divagações, anseios e desejos.

Ao imaginarmos o futuro que se depara a frente, e a sintonia que se estabelece com os momentos e a vida, mantendo o equilíbrio em várias direcções, de facto é difícil, sobretudo pela passagem vertiginosa do tempo.

Como que absorvidos por "grandes sonhos e quimeras" face a irrealidade da vida, se tivermos em consideração a sua efemeridade e a apetência pela ânsia de viver (...).

É inexplicável, que determinados desígnios, não passem disso mesmo, de meras cogitações e perplexidades, porquanto o efeito vida intrínseca na humanidade é  "lacta", no sentido da sua concretização efectiva.

Traz no seu seio uma dimensão imaculada da realidade, isenta de subterfúgios, contudo na vida prática, é diametralmente oposta, sobretudo pelo "aguilhão"das dificuldades, torna tudo mais "efémero" e de um imaginário apenas.

Contudo, há boas realizações na vida pessoal e na vida profissional, um autêntico bem-estar com a vida.

No entanto, nos momentos mais resignados, onde tudo não corre como um "mar de rosas", depara-se com a fragilidade humana e consequentemente a inevitabilidade da vida afinal que vivemos é de facto uma "vida material, sujeita às condições da matéria.

Desse pressuposto volta tudo de novo, como se de um principio se tratasse, começa-se a reflectir de facto da existência humana, enquanto detentor de corpo-matéria, susceptível à sua degradação.

No entanto, esta perplexidade subsiste na humanidade, contudo já com a ideia formada e que somos organicamente formados por corpo-matéria, perecível, e alma, espírito.

Restando, claramente depois de uma vida vivida que é a actual "vida material", existe outra dimensão, porquanto é uma "virtualidade", que ocorrerá  após a falência desta actual vida que vivemos.

Face a sua "inacessibilidade" e complexidade para referirmos, neste nosso mundo material, algo que não está confinado ao actual mundo que vivemos, porque é "sobrenatural"(...).

Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar mais algumas percepções sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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