quinta-feira, 3 de novembro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 225




O tempo identifica uma série de preocupações, sobretudo aquelas que será como o “ultimo acto” da vida de “alguém”.

Como tudo na vida tem um fim (…), uma consequência que termina algo que teve um início como questão fundamental decorrente de determinada existência.

A existência de "alguém" reflecte uma presença marcante, é também um tempo mediático, tendo em atenção a qualidade notória traduzida pela fama em tudo o que se faz buscando o seu protagonismo.

Contudo, sendo uma vida única, condicionada a efemeridade de uma vivência terrena a viver uma "vida material", enquanto existência física.

Este tempo real em nossas vidas constitui a compreensão em como encaramos de facto a "realidade", expressa no dia-a-dia, como uma reflexão lógica e racional.

Sobretudo pelas suas consequências sociais e tendências prováveis, atípicas e circunstanciais todo um ról de inexplicabilidade conjuntural que a humanidade em geral, se confronta e da pessoa em particular.

O tempo é também marcado pela adversidade, implícita na vida das pessoas que se traduz como objectivo de cuja resolução é inadiável por imperativos do vínculo social em prol da humanidade.

O tempo é também este acontecimento que está presente em cada um de nós, por ser um fenómeno individual e na pessoa em particular, como experiência desse "fenómeno", enquanto existência física que culmina com a falência orgânica e material.

Deste imperativo, da qual a humanidade está submetida a viver uma "vida material, que termina claramente quando "alguém" deixa de viver, constitui a sua fragilidade humana.

Existe a "angústia" em como aceitar de que não somos totalmente livres, como evitar a falência da vida (...), é inevitável.

Vive-se, no entanto, com a finalidade de preservar este bem tão precioso e concreto, no subconsciente é residual esta tensão entre vida espiritual, que é o estado latente(...), que se confronta com a realidade.

É a  predisposição anímica, que gera este bem-estar, para com a vida de facto, a actual que vivemos condicionada a sua efemeridade.

É evidente que a existência humana é  superficial, a  maneira de viver de "alguém" influi na sua vida conforme  enfrenta actual conjuntura, no entanto, sempre é "submissa" a ideia da efemeridade na "vida material".

Assim, é assumido que a vida é "algo inacabado", tendo em consideração, que os anseios, pretensões, percepções que preencheram a mente com os propósitos de levar por diante com a finalidade de as concluir, ficaram inconclusivos.

A noção de algo concluído é linear e fixo, uma satisfação por ter terminado com desfecho favorável que contrasta com o inacabado que irrompe um espaço que é vazio (...), uma sensação de desconforto e nostalgia.

Na vida e no tempo que vivemos temos o desejo de concluir diversas etapas, no entanto, sendo que a vida é efémera,  é natural que muitos desígnios não cheguem à sua conclusão prática.


Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar mais algumas percepções sobre o tema a “irreversibilidade do tempo”. António Cardoso

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