quarta-feira, 23 de novembro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 241



A irreversibilidade consome todo o “espaço temporal”, porque é seu objectivo reduzir o tempo actual, o agora, o instante, o momento, em “tempo passado”.

Esta limitação que a irreversibilidade exerce sobre o tempo com a finalidade de o simplificar e não permitir reverter “determinado espaço temporal”, por ser impossível.

O que significa que a irreversibilidade é concretamente a alteração que ocorre de um “determinado espaço temporal” que existiu em concreto,  e por consequência directa dessa acção já não se pode reverter.

A característica que deve ser considerada na irreversibilidade, é aquela que não é possível reverter,  que aliás é a única de facto, uma alteração verificada da sua posição inicial.

Quando ocorrida, essa modificação decorrente por uma série de circunstâncias, o quadro "transfigurou-se" da realidade X que era, passou para realidade Y.

Porquanto, o que é irreversível, significa que não há reversão no espaço temporal, enquanto que o tempo descreve o seu percurso gradual e constante em seu movimento circular, levando consigo a irreversibilidade.

O percurso interminável (...) que o tempo faz, como que uma fusão entre a experiência desse efémero tempo e o seu "carrasco" a irreversibilidade.

Uma existência temporal que se identifica como tempo presente, contudo transformar-se-á em "tempo passado" pela função irreversível que é exercida.

Assim, o acontecimento da "irreversibilidade" é uma constante, pela interacção desta sobre tempo, uma cumplicidade que remonta já há imenso tempo, sendo mesmo ancestral essa anterioridade.

O decorrer do tempo em nossas vidas faz compreender da sua importância, bem como "daqueles momentos" que foram ou não importantes, contudo, já passaram (...).

Porque a irreversibilidade se encarregou de os "consumir", e porque não é possível voltar atrás, sobretudo pelo percurso contínuo e vertiginoso do tempo.

Algo, que já é "tempo passado", reminiscências boas ou não, um imaginário desses momentos, que o tempo vai diluindo na sua passagem, contudo uma busca incessante  traz essa memória, por um lado.

Por outro lado, representa também a satisfação,  o libertar-se, pelo desapego, um espírito livre que se desligou (...), pelo altruísmo e independência.

É a experiência de uma vida "vivida", capaz de transportar o absoluto e o real como necessidade dessa existência, para com ela compreender a grandiosidade da vida e da sua essência.

As multifacetadas situações com as quais, nalguns casos se mergulha em "êxtase”  pela inexplicabilidade da vida (...), que continua a ser o enigma da actualidade dos nossos dias.


Na expectativa de puder deixar mais algumas considerações, sobre o tema a "irreversibilidade do tempo", fizemos desta forma. António Cardoso

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