segunda-feira, 10 de outubro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 204

O tempo decorrido significa também uma série de acontecimentos entre os quais uns bons, outros não, por um lado.

Sobretudo por aqueles momentos que não foram bem sucedidos,  decorrente da anulação e possibilidade por algo que se tornou-se irreversível.

Por outro lado, face a nostalgia (…) um estado marcado pela impotência sentimento dessa incapacidade, bem como a frustração acrescida visando colateralmente pelos desequilíbrios provocados.

Assim a atitude nostálgica é também estar na posse de algo irrecuperável, que poderia ter acontecido, mas  devido ao impacto emocional, forçosamente, neutralizou o desfecho favorável.

Perspectivar algo que tivesse ocorrido, caso fosse alcançado algo positivo,  modifica a ideia do estado deprimente que se instalou face a tristeza, fazendo parecer uma completa estabilidade e coerência.

 Esta dissimulação decorre pelo disfarce, um estado depressivo ainda não "sarado" em que as inquietações ainda latentes desta eventual possibilidade.

A nostalgia revelou-se, uma preocupação natural por um estado anormal que se apodera de "alguém", face a determinadas situações indesejáveis.

A crescente instabilidade dessa situação que tem origens diversas, em que as pessoas ficam deprimidas,  perdem a alegria, auto-confiança, por sentirem-se vazias, um estado que atinge o âmago e que se radicam no subconsciente.

Esse desconforto gera factos pela negatividade,  em que as pessoas saudáveis que eram, tornam-se tristes caracterizadas pelo estado psíquico e mental,  afectados pela apatia e imobilidade emocional.

Na vida e no tempo em que vivemos, uma panóplia de situações sucedem no decorrer desta realidade absoluta que é a vida de "alguém".

Em que naturalmente tudo não corre à medida dos nossos desejos, uma situação diametralmente oposta a nossa posição, para colocar fragilidades, ou não.

Dependendo da força interior, de cada um, em que as especificidades de carácter intrínsecas de pessoa para pessoa, são variáveis, fazendo toda a diferença.

A nostalgia, tem, como guardiã o seu estado anímico, uma predisposição tal, que confronta qualquer situação, desde que não atinja esse estado sensível e vulnerável .

De certas experiências pudemos constatar que enquanto espécie humana, organicamente  formados por duas partes, sendo que a primeira é que temos conhecimento, porquanto vivemos, enquanto existência física, neste mundo material.

Contudo, a outra parte, por se tratar de condição específica, portanto um outro "status",  que não é material, sendo esta parte composta por esse estado anímico que se sente fragilizada.

Dessa conclusão, referimos que no tocante a fragilidade física, aliás tem sido recorrente, é tratável com é natural.

Mas quanto ao estado anímico ou espiritual, nessa vertente específica que é muito "complexa" porque envolve todo um acervo intelectual que ficou irreversivelmente atingido.

Assim reflectimos que essa outra componente que não é material, da qual fizemos parte, sendo que o seu tratamento no caso de depressão é mais moroso, como é evidente.

Sobretudo, nesse campo espiritual, embora temos vindo a extrapolar para esta realidade (...) face a sua "inacessibilidade" não pudemos pronunciar algo que não é material.

Nesta conformidade é racional  falarmos do mundo em que vivemos e da experiência de que a humanidade tem, enquanto existência física a viver uma "vida material".


Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixamos mais algumas percepções sobre o tema a "irreversibilidade do tempo" António Cardoso

Sem comentários:

Enviar um comentário