O tempo decorrido significa também uma série de acontecimentos
entre os quais uns bons, outros não, por um lado.
Sobretudo por aqueles momentos que não foram bem sucedidos, decorrente da anulação e possibilidade por
algo que se tornou-se irreversível.
Por outro lado, face a nostalgia (…) um estado marcado pela
impotência sentimento dessa incapacidade, bem como a frustração acrescida visando
colateralmente pelos desequilíbrios provocados.
Assim a atitude nostálgica é também estar na posse de algo
irrecuperável, que poderia ter acontecido, mas
devido ao impacto emocional, forçosamente, neutralizou o desfecho favorável.
Perspectivar algo que tivesse ocorrido, caso fosse alcançado
algo positivo, modifica a ideia do
estado deprimente que se instalou face a tristeza, fazendo parecer uma completa
estabilidade e coerência.
Esta dissimulação
decorre pelo disfarce, um estado depressivo ainda não "sarado" em que
as inquietações ainda latentes desta eventual possibilidade.
A nostalgia revelou-se, uma preocupação natural por um
estado anormal que se apodera de "alguém", face a determinadas situações
indesejáveis.
A crescente instabilidade dessa situação que tem origens
diversas, em que as pessoas ficam deprimidas,
perdem a alegria, auto-confiança, por sentirem-se vazias, um estado que
atinge o âmago e que se radicam no subconsciente.
Esse desconforto gera factos pela negatividade, em que as pessoas saudáveis que eram,
tornam-se tristes caracterizadas pelo estado psíquico e mental, afectados pela apatia e imobilidade emocional.
Na vida e no tempo em que vivemos, uma panóplia de situações
sucedem no decorrer desta realidade absoluta que é a vida de
"alguém".
Em que naturalmente tudo não corre à medida dos nossos
desejos, uma situação diametralmente oposta a nossa posição, para colocar
fragilidades, ou não.
Dependendo da força interior, de cada um, em que as especificidades
de carácter intrínsecas de pessoa para pessoa, são variáveis, fazendo toda a
diferença.
A nostalgia, tem, como guardiã o seu estado anímico, uma
predisposição tal, que confronta qualquer situação, desde que não atinja esse
estado sensível e vulnerável .
De certas experiências pudemos constatar que enquanto espécie
humana, organicamente formados por duas
partes, sendo que a primeira é que temos conhecimento, porquanto vivemos,
enquanto existência física, neste mundo material.
Contudo, a outra parte, por se tratar de condição
específica, portanto um outro "status", que não é material, sendo esta parte composta
por esse estado anímico que se sente fragilizada.
Dessa conclusão, referimos que no tocante a fragilidade
física, aliás tem sido recorrente, é tratável com é natural.
Mas quanto ao estado anímico ou espiritual, nessa vertente
específica que é muito "complexa" porque envolve todo um acervo
intelectual que ficou irreversivelmente atingido.
Assim reflectimos que essa outra componente que não é
material, da qual fizemos parte, sendo que o seu tratamento no caso de
depressão é mais moroso, como é evidente.
Sobretudo, nesse campo espiritual, embora temos vindo a
extrapolar para esta realidade (...) face a sua "inacessibilidade" não
pudemos pronunciar algo que não é material.
Nesta conformidade é racional falarmos do mundo em que vivemos e da
experiência de que a humanidade tem, enquanto existência física a viver uma
"vida material".
Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para
deixamos mais algumas percepções sobre o tema a "irreversibilidade do
tempo" António Cardoso
Sem comentários:
Enviar um comentário