terça-feira, 4 de outubro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 198




O tempo é a predisposição que se traduz pela concretização de algo que se esperava (…) já há algum tempo, foi possível seguir um trajecto pré-definido decorrente do desejo que se pretende realizar.

Na vida em que vivemos, lidamos com certezas e incertezas, sendo que as incertezas depois têm sabor amargo sobretudo pela negatividade que enferma.

A desilusão face ao insucesso caracterizada pelo desempenho negativo, causa frustração, um estado melancólico marcado pela insuficiência.

São défices que privam necessariamente toda uma conjuntura e condicionam determinadas perspectivas, que não surtem efeito desejado por afectar o estado psíquico e emocional.

É de facto compreensível de toda uma experiência bem sucedida num certo contexto em que retiram “lições",  porquanto foram descuradas e o fracasso foi inevitável.

O tempo é por consequência directa e necessária o referencial que assegura com exactidão determinada perspectiva, sobretudo pela sua experiência em que o equilíbrio expresso pela convicção que não deixa dúvidas da sua exequibilidade.

Tudo o que se faz, é submetido ao escrutínio pela análise e observação, de certos pressupostos se se está contra ou a favor, sendo que o melhor caminho a seguir é indicado como a solução adequada.

O tempo tem como complemento a irreversibilidade que é definida especificamente com a finalidade de consumir os instantes e todo o espaço temporal, porquanto ela convive nessa relação estreita.

Tendo a missão única da sua especificidade tornar irreversível algo (...) que no tempo presente constitui novidade sendo momentânea, contudo e no decurso do "apogeu desse momento", porquanto  facto histórico é registado como tal (...).

O momento é categórico e decisivo, sobretudo porque a irreversibilidade já experienciada por uma vida "vivida"  que condiciona de tal forma o instante, que era tido como tal (...) para reduzir a insignificância.

Contudo, se esse dado momento tiver "algo agregado" que lhe dê notoriedade  em caso afirmativo, o momento ou o instante é de glória que será reportado como facto relevante, digno de registo.

As experiências vividas são boas ou más, sendo que as primeiras deixam a sensação de bem-estar, reconfortante,  em que se completam afectos que se traduzem na boa predisposição.

De facto existe uma compreensão mais profunda para certas ocorrências, pelo sentimento negativo de algo (...) que reprovamos cuja importância se lhe atribui como despropositada.


Contudo, ao questionar determinada atitude que "cause" desconforto, retorna uma certa irritabilidade, um estado impróprio  para reflexão, sobretudo por estar ferido interiormente,  no subconsciente, decorrente de sintomas depressivos, que poderão ocorrer ou não.

A humanidade tem o normal relacionamento com o tempo, face ao convívio do “longo tempo” decorrido, uma cumplicidade que os une indissoluvelmente.

Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar mais algumas considerações sobre o tema a “irreversibilidade do tempo”. António Cardoso

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