O tempo é a predisposição que se traduz pela concretização
de algo que se esperava (…) já há algum tempo, foi possível seguir um trajecto
pré-definido decorrente do desejo que se
pretende realizar.
Na vida em que vivemos, lidamos com certezas e incertezas, sendo
que as incertezas depois têm sabor amargo sobretudo pela negatividade que
enferma.
A desilusão face ao insucesso caracterizada pelo desempenho
negativo, causa frustração, um estado melancólico marcado pela insuficiência.
São défices que privam necessariamente toda uma conjuntura e
condicionam determinadas perspectivas, que não surtem efeito desejado por
afectar o estado psíquico e emocional.
É de facto compreensível de toda uma experiência bem
sucedida num certo contexto em que retiram “lições", porquanto foram
descuradas e o fracasso foi inevitável.
O tempo é por consequência directa e necessária o referencial
que assegura com exactidão determinada perspectiva, sobretudo pela sua
experiência em que o equilíbrio expresso pela convicção que não deixa dúvidas
da sua exequibilidade.
Tudo o que se faz, é submetido ao escrutínio pela análise e observação,
de certos pressupostos se se está contra ou a favor, sendo que o melhor caminho
a seguir é indicado como a solução adequada.
O tempo tem como complemento a irreversibilidade que é
definida especificamente com a finalidade de consumir os instantes e todo o
espaço temporal, porquanto ela convive nessa relação estreita.
Tendo a missão única da sua especificidade tornar
irreversível algo (...) que no tempo presente constitui novidade sendo
momentânea, contudo e no decurso do "apogeu desse momento", porquanto facto histórico é registado como tal (...).
O momento é categórico e decisivo, sobretudo porque a
irreversibilidade já experienciada por uma vida "vivida" que condiciona de tal forma o instante, que era tido como tal (...) para reduzir a
insignificância.
Contudo, se esse dado momento tiver "algo
agregado" que lhe dê notoriedade em
caso afirmativo, o momento ou o instante é de glória que será reportado como facto relevante, digno de registo.
As experiências vividas são boas ou más, sendo que as
primeiras deixam a sensação de bem-estar, reconfortante, em que se completam afectos que se traduzem
na boa predisposição.
De facto existe uma compreensão mais profunda para certas
ocorrências, pelo sentimento negativo de algo (...) que reprovamos cuja
importância se lhe atribui como despropositada.
Contudo, ao questionar determinada atitude que "cause" desconforto,
retorna uma certa irritabilidade, um estado impróprio para reflexão, sobretudo por estar ferido
interiormente, no subconsciente, decorrente
de sintomas depressivos, que poderão ocorrer ou não.
A humanidade tem o normal relacionamento com o tempo, face
ao convívio do “longo tempo” decorrido, uma cumplicidade que os une
indissoluvelmente.
Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para
deixar mais algumas considerações sobre o tema a “irreversibilidade do tempo”.
António Cardoso
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