Na vida
de “alguém” o tempo representa um marco
significativo, porquanto, é através dessa
vigência de tempo que se regista: por exemplo,
o nascimento de “alguém” que começa a contar como existência humana esse dia de registo da
época X e do tempo Y.
Esses
dados acompanham “determinada pessoa” como sendo o início da sua existência de
vida da qual usufrui.
De facto
é relevante algo que assinale com clareza este aspecto tão importante na vida de “alguém”, por isso é
que o tempo é determinante uma presença imprescindível.
Uma
abstracção tal (…), este fenómeno que é o tempo, contudo sentimos o seu efeito,
se tivermos em consideração que essa passagem de “alguém” sobre o tempo.
Que
contrariamente, tem-se repetidamente cometido este “erro crasso”, dizendo que por exemplo:
que o “tempo passou” (…), a verdade é que somos nós que passamos por ele,
porque ele continua a sua marcha interminável (…).
Bastará
pensarmos que em determinado tempo da nossa existência, que teve
necessariamente um início X que são os primeiros anos de vida, depois a
adolescência, a mocidade, a idade adulta e envelhecemos.
Contudo,
o tempo que era aquele aquando do início da nossa existência, continuou sempre,
e nós o acompanhamos.
Na
actual conjuntura, estamos envelhecidos, respectivamente com a idade X, Y e Z,
contudo vivendo uma longevidade que se propaga no tempo.
Assim é
que inevitavelmente terminará essa nossa permanência, enquanto existência
física a viver uma “vida material”.
O que
significa dizer que terminamos como existência física, porque somos organicamente
formados por corpo-matéria, perecível, sujeito a sua degradação natural.
Porque o
que é matéria, é susceptível de estar submetido às leis naturais, assim a matéria orgânica da qual a espécie humana também é
integrante.
Sabemos, no entanto para além de existir um conjunto diversificado de seres vivos que têm um começo, que é a sua concepção, e inevitavelmente a morte do organismo, no entanto nesse decurso de existência como organismo vivo, ocorre o crescimento e a reprodução.
Mas
quanto a espécie humana, que se desenvolve a semelhança de um ser vivo que é, mas com especificidade, que faz
naturalmente a diferença, ter vontade e
razão, porquanto é racional.
Assim, a
capacidade da mente permite chegar a conclusões depois de reflectir, um exercício
de memória a partir de suposições ou de premissas
ter a sua opinião formada, em que se
associa a causa efeito, sendo que a natureza humana é determinante em aceitar,
submeter ou negar.
Esta especificidade
faz dos humanos o ser racional que utiliza
a “grandeza da mente (…)", em que
inclui o raciocínio lógico, a razão e a vontade, o livre arbítrio.
Com
efeito, a diferença subsiste entre a razão e outras formas de consciência,
reside no facto subjacente de que o pensamento é tanto mais racional (...),
ponderado, tolerante e conscientemente pensado, que se expressa numa linguagem
acessível, por ser verosimil pela sua evidência.
Assim o
nosso discurso na expectativa de deixar maus algumas considerações sobre o tema
a "irereversibilidade do tempo". António Cardoso
Sem comentários:
Enviar um comentário