domingo, 18 de dezembro de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 264



Na vida de “alguém” o tempo representa  um marco significativo, porquanto,  é através dessa vigência de tempo que se regista: por exemplo,  o nascimento de “alguém” que começa a contar como existência humana esse dia de registo da época  X e do tempo Y.

Esses dados acompanham “determinada pessoa” como sendo o início da sua existência de vida da qual usufrui.

De facto é relevante algo que assinale com clareza este aspecto tão importante na vida de “alguém”, por isso é que o tempo é determinante uma presença imprescindível.

Uma abstracção tal (…), este fenómeno que é o tempo, contudo sentimos o seu efeito, se tivermos em consideração que essa passagem de “alguém” sobre o tempo.

Que contrariamente, tem-se repetidamente cometido este “erro crasso”, dizendo que por exemplo: que o “tempo passou” (…), a verdade é que somos nós que passamos por ele, porque ele continua a sua marcha interminável (…).

Bastará pensarmos que em determinado tempo da nossa existência, que teve necessariamente um início X que são os primeiros anos de vida, depois a adolescência, a mocidade, a idade adulta e envelhecemos.

Contudo, o tempo que era aquele aquando do início da nossa existência, continuou sempre, e nós o acompanhamos.

Na actual conjuntura, estamos envelhecidos, respectivamente com a idade X, Y e Z, contudo vivendo uma longevidade que se propaga no tempo.

Assim é que inevitavelmente terminará essa nossa permanência, enquanto existência física a viver uma  “vida material”.

O que significa dizer que terminamos como existência física, porque somos organicamente formados por corpo-matéria, perecível, sujeito a sua degradação natural.

Porque o que é matéria, é susceptível de estar submetido às leis naturais, assim a matéria orgânica da qual a espécie humana também é integrante.

Sabemos, no entanto para além de existir um conjunto diversificado de seres vivos que  têm um começo, que é a sua concepção, e inevitavelmente a morte do organismo, no entanto nesse decurso de existência como organismo vivo, ocorre o crescimento e a reprodução.

Mas quanto a espécie humana, que se desenvolve  a semelhança de um ser vivo que é, mas com especificidade, que faz naturalmente a diferença, ter vontade e razão, porquanto é racional.

Assim, a capacidade da mente permite chegar a conclusões depois de reflectir, um exercício de memória a partir de suposições ou de premissas ter a sua opinião formada, em que se associa a causa efeito, sendo que a natureza humana é determinante em aceitar, submeter ou negar.

Esta especificidade faz dos humanos o ser racional que utiliza a “grandeza  da mente (…)", em que inclui o raciocínio lógico, a razão e a vontade, o livre arbítrio.

Com efeito, a diferença subsiste entre a razão e outras formas de consciência, reside no facto subjacente de que o pensamento é tanto mais racional (...), ponderado, tolerante e conscientemente pensado, que se expressa numa linguagem acessível, por ser verosimil pela sua evidência.


Assim o nosso discurso na expectativa de deixar maus algumas considerações sobre o tema a "irereversibilidade do tempo". António Cardoso

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