sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 306




A "vida material" é única e indivisível, sendo por consequência a obrigatoriedade de vivê-la é imperativa e categórica, que a humanidade em geral e a pessoa em particular está assim submetida.

Sobretudo, pela condição de que somos formados organicamente, por corpo-matéria enquanto existência física, condicionados às leis naturais que ocorre pela corrupção da matéria em face da sua degradação.

De facto cada um de nós, é um personagem neste cenário da "vida real", se considerarmos que temos inevitavelmente um "prazo de duração", que equivale ao "tempo de vida".

Justamente, ser este período de "espaço temporal", que determinada pessoa tem como  permanência de "vida material ou vida terrena", mais longa ou não,  que varia de pessoa para pessoa, evidentemente.

Que viverá no actual espaço global onde estamos inseridos, como todo um universo de situações: com pretensões, anseios e desejos, frustrações, decepções.

Uma contingência da vida humana em que se formam laços com ligações diversas de afecto, de amizade, sociais e outras.

No entanto, sabemos que tudo é tão passageiro(...), porque é material, contudo absorvemos todas as experiências vividas, emoções e sentimentos:  como o amor, a confiança, afeição, a felicidade, a sinceridade, a alegria, ou nostalgia etc.

A crença que provém de um estado mental saudável, uma intuíção para verdade em que se acredita, sobretudo porque está assente no argumento desta certeza que a vida que se vive  não "dura sempre", que termina aquando da falência do sistema orgânico.

É o mesmo que um tempo limitado, que a humanidade vive, porquanto, condicionada a uma permanência de "tempo de vida" em função dessa existência física, por um lado.

Por outro lado, neste caso em apreço o que é desejável, é que o corpo a que está submetido esteja saudável e vigoroso que significa ter função vital pela posse da vida.

O caso contrário, equivale que a humanidade na sua generalidade e a pessoa em particular, enquanto existência física, detentora de um corpo cuja falência orgânica que se caracteriza pela disfunção dos orgãos essenciais, que significa que a pessoa "deixa de viver".

O fenómeno físico que ocorre em determinada pessoa, enquanto existência física, por ocasião da sua falência orgânica, é observável pela sua acção naturalmente impressionante porque se extingue, algo que teve um fim (...) que se traduz por "deixar de viver".

É provisório este tempo uma temporalidade que se vive (...), contudo, tendo em atenção a efemeridade da vida, não é pois possível descurar este aspecto tão basilar a que a humanidade está submetida por este constrangimento.

Assim, na expectativa de puder deixar mais algumas considerações sobre o nosso tema a "irreversibilidade do tempo", fizemos desta forma. António Cardoso

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