quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017
"A irreversibilidade do tempo" (...) 292
A passagem do tempo é relevante sobretudo pela importância que retrata um começo de vida de determinada pessoa, que decorre com a primeira educação, condição básica para a generalidade das pessoas.
É de facto nos primeiros anos de vida que tudo, ou melhor desta maneira, que ocorre necessariamente, contudo marca determinada pessoa, sobretudo para encontrar a forma especial para determinado meio que alcance a educação que se deseja.
Esta preocupação em apetrechar todo um conteúdo para determinada pessoa, que se julga necessária porque encerra toda uma assimilação primordial e importante, que certamente o irá moldar como pessoa, uma adaptação para vida que irá ter para o futuro.
Em atenção a este pormenor traça-se um caminho, que vai ser o percurso dessa pessoa pela sua realização, enquanto assimila os conhecimentos que os materializará na sua vida prática.
À medida que vai compreendendo determinadas realidades os propósitos se tornam alvos de resoluções, que se expressam pela grande vontade e motivação que é fundamental obter-se o senso que lhe permite utilizar a prudência.
Contudo, se conscencializa da realidade da vida que vive, pela satisfação que experimenta, em que avalia essa relação que denota alguma "superficialidade".
Porquanto, se interioriza, uma introspecção que se apodera instantaneamente, como se de uma "voz do subconsciente" o arrebatasse para a realidade (...).
Pelo entusiasmo, sobretudo pelo deslumbramento pela vida (...), que agora se contrapõe por um sentimento de nostalgia, que o faz inquirir da sua "especificidade humana", que tem de facto uma "vida material", que termina, enquanto existência física a viver no corpo material.
Este condicionalismo remete-o para à descoberta da "vida" propriamente dita, porquanto chega à conclusão de que ela é efémera e que a vida actual que vive não é absoluta, mas sim se ralativiza.
Desse desiderato alicerçado pela ambição de viver uma "vida autêntica", vê-se gorado dessa premissa, de facto essa realização preencheria o modelo da sua satisfação, contudo agora ciente desse pressuposto quer ardentemente prolongar pelo maior espaço temporal a sua permanência nesta "vida material".
Assim, refeito dessa actual situação prevalecente adaptando-se, corrigindo determinados anseios e pretensões pela resignação de que afinal, a sua "finitude" é um facto, porque é organicamente composto por corpo-matéria, perecível no seu caso em particular e transversal à humanidade.
Ciente, inclusivé de que é corpo-matéria, perecível, sujeito às condições das leis naturais, pela consequente decomposição orgânica e material de que é constituído.
No entanto, esta questão vital irreversível é um pressuposto para a humanidade que o interpreta como "inevitabilidade" para o nosso espaço global onde vivemos.
Assim, na expectativa de que o nosso discurso possa deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso.
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