quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 286





O tempo constitui na vida de cada pessoa um referencial importante, sobretudo por se tratar de um conjunto de elementos que reporta determinada história de "alguém", que necessariamente teve um início como ponto de referência.

É verdade que tudo tem um começo e inevitavelmente a vida de "alguém" também tem o seu início que como sabemos começa a contar a partir do dia do seu nascimento.

Um percurso que "alguém" faz pelo qual tem a noção do seu início, contudo está ciente de que termina esse trajecto (...), que é repleto de um universo de situações com às quais se confrontará.

Esta inevitabilidade de "viver" uma vida torna-se  irreversível, sobretudo, se tivermos em consideração o acto da sua concepção (...).

O surgimento de uma criatura humana mergulhada no actual espaço global onde estamos inseridos, implica de sobremaneira absorver um ról de experiências boas ou não que serão úteis pela vida fora, percurso que "alguém" terá de o fazer.

O "viver"  uma vida significa responsabilizar-se por um património que é ele próprio como criatura que o vai potenciar, durante a sua existência física a viver uma "vida material", consoante aquilo que fizer.

No entanto, o sentido da vida (...) é  algo contraditório para a maior parte das pessoas porque não se revêem, sobretudo pelo seu "desenlace", um momento final, para o qual nunca se está preparado.

Esta angústia é latente (...), porque reside no âmago e influi directamente no subconsciente, sendo que nalgumas pessoas essa "dissimulação" é transparente, sobretudo em alguns momentos vagos (...) esta percepção é notória, mas, com um ar de disfarce, se ignora momentaneamente esta realidade.

No entanto,  temos referido nos nossos excertos anteriores que a vida presente, esta "vida material", termina quando se verificar a falência orgânica, de que somos formados por corpo-matéria, perecível.

Mas conhecer os momentos subsequentes da sua  finalidade enquanto existência física a viver uma "vida material" é algo que está mercê de cada um de nós porque a vivemos e a experenciamos no nosso actual espaço global onde nos situamos.

Uma vez que somos constituídos organicamente por corpo-matéria, perecível, submetidos às leis naturais que culminam com a consequente degradação.

Assim, pensamos que o ritmo impiedoso do tempo que corre freneticamente, uma agitação que nos moldamos também nesse percurso "alucinante" a efervescência dos "tempos modernos"  da era digital e as tecnologias, faz com que perdemos a noção do tempo.

Por isso, os momentos sérios e de reflexão estão condicionados pela inércia ou inactividade que acabam por ser absorvidos por outros momentos de lazer ou jogos.

Porque a ânsia de viver e o prazer da vida são muito mais fortes, que protelam todas estas questões por se tornarem impróprias e inoportunas (...), afirmam ter um certo receio ou constrangimento aflorar estas questões.

O bem-estar,  é maximizar todas estas fantasias, sendo que para isso existe muito "mais tempo" precioso para o gozo a diversão e o fascínio é uma realidade.

Assim, na expectativa de que o nosso discurso possa deixar mais algumas percepções sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

Sem comentários:

Enviar um comentário