segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 271




O tempo faz convencer porque leva “alguém” a acreditar da realidade dos dias que se deparam a frente , contudo desiguais de uns para os outros, porquanto existe um pormenor que em cada dia sucede que faz a diferença dos restantes dias.

Nessa perspectiva, se tivermos em consideração por exemplo: um ano são trezentos e sessenta e seis dias, quando bissexto, e em cada dia a azáfama é gradual e constante, como se de uma rotina se tratasse.

Uma correria frenética da multifacetada vida que levamos, contudo, uma finalidade se apresenta no horizonte viver uma “vida material”, com todos os imperativos que a condicionam de tal maneira que somos absorvidos pela “essência da vida”.

Este fenómeno cada vez mais actual nas nossas vidas, porque se desenvolve acompanhando toda a nossa existência enquanto ser humano a viver num corpo-matéria..

Esta essência de vida é a realidade que cada pessoa possui dentro de si, porquanto é sintomática esta presença, se considerarmos, por um lado, as cogitações, percepções, sensações ou emoções que emanam do subconsciente.

Por outro lado, esta realidade sensitiva que desencadeia harmoniosamente em todo o nosso ser, trazendo a predisposição da força interior que sentimos porque estamos bem, uma simbiose entre a força anímica e o corpo material.

Sem dúvida, que a criatura humana tem esta especificidade intelectual, moral e conjuntural porque reage instantaneamente conforme as situações, podendo inclusive sincronizar todo o seu poder mental e anímico para investir sobre o seu corpo material.

A evolução anímica é também a presença espiritual elemento primordial na nossa constituição orgânica e "sobrenatural".

Quanto a constituição orgânica temos referido tratasse do corpo-matéria, perecível de que somos formados.

No entanto, a composição do nosso corpo material para além de ser orgânica ela contém uma especificidade "sobrenatural", que temos referido ser a parte anímica, que é espírito.

Sendo portanto, uma condição implícita aos humanos viver uma "vida material", que é esta concretamente que vivemos, cada um, inevitavelmente terá que a viver.

Este imperativo que condiciona a humanidade na sua generalidade, e na pessoa em particular, enquanto existência física a viver uma "vida material".

O que acontece, é que a condição é imposta que se traduz no nosso aforismo latino, segundo a expressão, uma condição "sine qua non".

Portanto, esta obrigatoriedade de viver uma "vida material", é condicionada logo após o nascimento de "alguém", que necessariamente teve como o seu início o nascimento.

Sendo que o seu términus que ocorrerá aquando da falência orgânica, enquanto existência física a viver determinada "vida material".

Nesta conformidade a existência de cada um varia claramente, porquanto a vivência de determinada  pessoa poderá ser X ou Y, conforme a longevidade que caberá a cada um  viver neste mundo material, enquanto existência, a viver num corpo-matéria, perecível.

Na vida e no tempo em que vivemos esta realidade está presente, sobretudo por relativizar a vida em questão, como sendo ela efémera.


Assim na expectativa de puder deixar mais algumas considerações sobre o nosso tema a “irreversibilidade do tempo”. António Cardoso

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