O tempo faz convencer porque leva “alguém” a acreditar da
realidade dos dias que se deparam a frente , contudo desiguais de uns para os outros, porquanto existe um pormenor que em cada dia sucede que faz a diferença
dos restantes dias.
Nessa perspectiva, se tivermos em consideração por exemplo:
um ano são trezentos e sessenta e seis dias, quando bissexto, e em cada dia a
azáfama é gradual e constante, como se de uma rotina se tratasse.
Uma correria frenética da multifacetada vida que levamos,
contudo, uma finalidade se apresenta no horizonte viver uma “vida material”,
com todos os imperativos que a condicionam de tal maneira que somos absorvidos
pela “essência da vida”.
Este fenómeno cada vez mais actual nas nossas vidas, porque
se desenvolve acompanhando toda a nossa existência enquanto ser humano a viver
num corpo-matéria..
Esta essência de vida é a realidade que cada pessoa possui
dentro de si, porquanto é sintomática esta presença, se considerarmos, por um
lado, as cogitações, percepções, sensações ou emoções que emanam do subconsciente.
Por outro lado, esta realidade sensitiva que desencadeia
harmoniosamente em todo o nosso ser, trazendo a predisposição da força interior
que sentimos porque estamos bem, uma simbiose entre a força anímica e o corpo
material.
Sem dúvida, que a criatura humana tem esta especificidade
intelectual, moral e conjuntural porque reage instantaneamente conforme as
situações, podendo inclusive sincronizar todo o seu poder mental e anímico para
investir sobre o seu corpo material.
A evolução anímica é também a presença espiritual elemento
primordial na nossa constituição orgânica e "sobrenatural".
Quanto a constituição orgânica temos referido tratasse do
corpo-matéria, perecível de que somos formados.
No entanto, a composição do nosso corpo material para além
de ser orgânica ela contém uma especificidade "sobrenatural", que
temos referido ser a parte anímica, que é espírito.
Sendo portanto, uma condição implícita aos humanos viver uma
"vida material", que é esta concretamente que vivemos, cada um,
inevitavelmente terá que a viver.
Este imperativo que condiciona a humanidade na sua
generalidade, e na pessoa em particular, enquanto existência física a viver uma
"vida material".
O que acontece, é que a condição é imposta que se traduz no
nosso aforismo latino, segundo a expressão, uma condição "sine qua
non".
Portanto, esta obrigatoriedade de viver uma "vida
material", é condicionada logo após o nascimento de "alguém",
que necessariamente teve como o seu início o nascimento.
Sendo que o seu términus que ocorrerá aquando da falência
orgânica, enquanto existência física a viver determinada "vida
material".
Nesta conformidade a existência de cada um varia claramente,
porquanto a vivência de determinada pessoa poderá ser X ou Y, conforme a longevidade
que caberá a cada um viver neste mundo
material, enquanto existência, a viver num corpo-matéria, perecível.
Na vida e no tempo em que vivemos esta realidade está presente, sobretudo por relativizar a vida em
questão, como sendo ela efémera.
Assim na expectativa de puder deixar mais algumas
considerações sobre o nosso tema a “irreversibilidade do tempo”. António
Cardoso
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