Os percursos levam a determinada direcção
um caminho que se percorre, contudo, à medida que descrevemos esse trajecto
constatámos que se afunila no seu percurso, que se expressa numa limitação.
É como que se o caminho que percorremos
se estreitasse de tal forma que indica determinado percurso pelo qual se
deve caminhar.
No limiar desse trajecto compreendemos que
uma única direcção conduz irreversivelmente a determinado “espaço de tempo”,
que determinada pessoa têm que viver como permanência de” vida terrena ou vida
material”, num corpo-matéria, enquanto existência física.
Significa que determinada pessoa tem
como “espaço temporal”, concretamente uma permanência de vida, enquanto
existência física, a viver num corpo-matéria, perecível, submetida às condições
das leis naturais que culminam com a sua consequente degradação.
Contudo, a efemeridade da vida
é um facto, e cada pessoa em particular depende necessariamente do seu tempo
como permanência de vida, como leva esse "espaço temporal”, a perplexidade
que não deixa dúvidas do nosso estado humano, como que uma "obra
inacabada?!”
Se tivermos em consideração
sobretudo porque somos organicamente constituídos por corpo-matéria, perecível,
por um lado.
Por outro lado, alma ou
espírito, o que significa não uma "dualidade" de vida, porquanto tudo
quanto dissemos nos nossos excertos anteriores, a "vida é única e indivisível",
o que queremos dizer é que o fenómeno que a vida contém, concretamente a fase da sua
natureza, uma parte material e outra espiritual.
E passamos a explicar, uma
parte material, que é a actual vida que vivemos e que para isso condicionados a
um corpo-matéria, perecível, susceptível a degradação, como é natural a tudo o
que é matéria, degrada-se por acção da consequente "corrupção
material", de que os corpos estão sujeitos.
O que acontece é que a única
experiência que a humanidade tem é esta experiência, concreta que é o nosso
estado actual, como é matéria, aquando da sua falência orgânica, degrada-se, um
estado que entra em decomposição, claramente por ser matéria.
No entanto, existe uma
especificidade, que é alma ou espírito,
"uma vida sobrenatural", que não é possível compreender a existência
dessa "metamorfose", porquanto os seus contornos desse conhecimento são
"inacessíveis".
Justamente pela
incompatibilidade do seu "conhecimento" uma imposição diametral que
separa o “material do sobrenatural”.
Mais concretamente para
especificar que quanto ao "mundo material", é possível ter
experiência material, que é a experiência que a humanidade tem, sobretudo
quando alguém deixa de viver, que se traduz na ocorrência da sua falência
orgânica.
Porquanto vivemos nesse
"mundo material", saberemos o que passa quanto ao mesmo "mundo
material", e não mais do que isso.
Sendo portanto, a vivência
nessa plenitude de "vida sobrenatural", impossível conhecer os seus
contornos, porque são "inacessíveis", constituindo assim, a
"divisão lógica", o que é material, é material, pertence ao actual
nosso mundo material que é o actual que vivemos.
O que é
"sobrenatural", pertence a essa especificidade uma
"sublimidade" é "sobrenatural", não pertence claramente a
nossa dimensão material, sendo que por isso se manterá o seu desconhecimento?!
(...).
Assim, na expectativa de que o
nosso discurso possa deixar mais algumas considerações sobre o tema a irreversibilidade
do tempo, fizemos desta forma. António Cardoso
Sem comentários:
Enviar um comentário