quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

"A irreversibilidade do tempo" (...) 282




Os percursos levam a determinada direcção um caminho que se percorre, contudo, à medida que descrevemos esse trajecto constatámos que se afunila no seu percurso, que se expressa numa limitação.

É como que se o caminho que percorremos se estreitasse de tal forma que indica determinado percurso pelo qual se deve caminhar.

No limiar desse trajecto compreendemos que uma única direcção conduz irreversivelmente a determinado “espaço de tempo”, que determinada pessoa têm que viver como permanência de” vida terrena ou vida material”, num corpo-matéria, enquanto existência física.

Significa que determinada pessoa tem como “espaço temporal”, concretamente uma permanência de vida, enquanto existência física, a viver num corpo-matéria, perecível, submetida às condições das leis naturais que culminam com a sua consequente degradação.

Contudo, a efemeridade da vida é um facto, e cada pessoa em particular depende necessariamente do seu tempo como permanência de vida, como leva esse "espaço temporal”, a perplexidade que não deixa dúvidas do nosso estado humano, como que uma "obra inacabada?!”

Se tivermos em consideração sobretudo porque somos organicamente constituídos por corpo-matéria, perecível, por um lado.

Por outro lado, alma ou espírito, o que significa não uma "dualidade" de vida, porquanto tudo quanto dissemos nos nossos excertos anteriores, a "vida é única e indivisível", o que queremos dizer é que o fenómeno que a vida contém, concretamente a fase da sua natureza, uma parte material e outra espiritual.

E passamos a explicar, uma parte material, que é a actual vida que vivemos e que para isso condicionados a um corpo-matéria, perecível, susceptível a degradação, como é natural a tudo o que é matéria, degrada-se por acção da consequente "corrupção material", de que os corpos estão sujeitos.

O que acontece é que a única experiência que a humanidade tem é esta experiência, concreta que é o nosso estado actual, como é matéria, aquando da sua falência orgânica, degrada-se, um estado que entra em decomposição, claramente por ser matéria.

No entanto, existe uma especificidade,  que é alma ou espírito, "uma vida sobrenatural", que não é possível compreender a existência dessa "metamorfose", porquanto os  seus contornos desse conhecimento são "inacessíveis".

Justamente pela incompatibilidade do seu "conhecimento" uma imposição diametral que separa o “material do sobrenatural”.

Mais concretamente para especificar que quanto ao "mundo material", é possível ter experiência material, que é a experiência que a humanidade tem, sobretudo quando alguém deixa de viver, que se traduz na ocorrência da sua falência orgânica.

Porquanto vivemos nesse "mundo material", saberemos o que passa quanto ao mesmo "mundo material", e não mais do que isso.

Sendo portanto, a vivência nessa plenitude de "vida sobrenatural", impossível conhecer os seus contornos, porque são "inacessíveis", constituindo assim, a "divisão lógica", o que é material, é material, pertence ao actual nosso mundo material que é o actual que vivemos.

O que é "sobrenatural", pertence a essa especificidade uma "sublimidade" é "sobrenatural", não pertence claramente a nossa dimensão material, sendo que por isso se manterá o seu desconhecimento?! (...).

Assim, na expectativa de que o nosso discurso possa deixar mais algumas considerações sobre o tema a irreversibilidade do tempo, fizemos desta forma. António Cardoso

Sem comentários:

Enviar um comentário