quarta-feira, 24 de agosto de 2016

A "irreversibilidade do tempo" (...) 157






O tempo é também o caminhar, prosseguir uma direcção em que sabemos o ponto de partida como referência donde iniciamos o nosso percurso.

No entanto verificamos que as dificuldades e os obstáculos existiram, mesmo assim não paramos, porquanto o impulso com o instinto para a vida subsistiu nessa continuidade.

Esta manifestação súbita e arrebatadora que nos impele para a determinação do nosso objectivo está implícita é a condicionante decisiva para atingir os nossos  propósitos.

E decorrido largo tempo, uma perplexidade se instala interrogando com a finalidade de saber sobre se esse percurso com tanta contrariedade, num mundo adverso em que circunstâncias inesperadas e inúmeras situações desfavoráveis ocorreram.

Mesmo assim o desígnio que imperava era muito mais forte para contrariar qualquer adversidade que eventualmente surgisse.

É este o tempo e a sua irreversibilidade, momentos que pertencem ao passado, porquanto a irreversibilidade tornou esse passado “vivido” como expressão imperativa, condição específica de tudo que é irreversível, porque se impõe que assim aconteça, aliás como acontece a cada momento que é (…) torna-se irreversível.

Esta dinâmica é sequencial por força categórica da irreversibilidade esse complemento inseparável do tempo.

No nosso tempo actual cada vez mais imediato por ocorrerem vertiginosamente certas situações, em que a nossa vida é semelhante a uma sequência de acontecimentos que passa tão depressa, sendo que aquele que o dirige é o imediato cuja função é delegada pelo tempo.

A título de comparação não se trata do comandante de uma embarcação, como o seu nome faz entender, mas tão somente trazer este termo para designar, que o imediato este oficial cuja função vem imediatamente abaixo a do comandante de um navio, é quem assume o comando da embarcação por impedimento do comandante por situações várias.

Esta metáfora pressupõe levar o nosso discurso no sentido de mostrar a importância que o tempo tem cuja semelhança é imediata em que “alguém” está delegada  possa tomar as rédeas da nossa vida.

E assim é que encontramos  esse “alguém” que é o tempo, no qual a nossa vida se desenrola, porquanto estamos condicionados a “viver” determinado tempo (…) nesta “vida terrena”.

Nada nesta vida material é definitiva, assim sabemos que formados organicamente por corpo matéria, submetidos a efemeridade da vida material.


Assim na expectativa de encontrar a direcção exacta, deixamos mais algumas percepções sobre o nosso tema a “irreversibilidade do tempo”. António Cardoso

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