O tempo é a realidade dos nossos dias, cada um, porém mais
desigual dos dias anteriores, a complexidade de cada dia é para algumas pessoas
uma rotina, nada muda tudo acontece como o previsto, uma sequência repetitiva
de hábitos que constitui já o costume estabelecido.
É nesta rotina em que nós vivemos sistematicamente, como que
um sistema pré definido, que cumpre determinadas tarefas e trabalhos.
A força desse hábito condiciona às vezes como disfunção,
onde já não existe imaginação nem criatividade, porquanto por força dessas
circunstâncias neutraliza todo o espírito de inovação, aliás impossível quebrar
“regras e rotinas”.
É assim no mundo em que vivemos, sobretudo por cumprir todo
um ordenamento cuja organização obedece aos seus requisitos, o método e objectivo
como premissas do seu desenvolvimento, previamente concebido.
Sendo desta forma que desempenhamos as nossas funções e não
mais do que isso pelas restrições óbvias impostas.
Os hábitos são automáticos, é difícil fugir dessa influência,
todas as nossas acções, dependem deste comportamento habitual.
Existe uma crença nos
hábitos, porquanto raramente podemos passar sem eles, são responsáveis pela
atitude, sendo portanto o resultado uma consequência inevitável.
A força de hábito é
determinante e para ilustrar como exemplo referimos que : ao conduzir um automóvel, nas primeiras vezes,
a reflexão faz-nos lembrar que é necessário colocar o cinto de segurança,
verificar ou ajustar os espelhos, sinal de saída com aviso de pisca-pisca
colocar primeiro o pé na embraiagem, e posteriormente colocar a mudança para
arrancar.
Actualmente tudo isso é automático, criou-se a formação de
um hábito, o nosso cérebro codificou esta função, sendo instintiva e espontânea.
Às vezes os actos e
acções são irreflectidos pois acontecem sem nos apercebermos, os factores que
contribuíram levaram a determinada situação.
Há, no entanto a vontade de modificar certo número de
hábitos em que não conseguimos, adoptamos uma série de princípios e a fórmula
específica e radical somos nós, queremos variar o contexto dos nossos actos e
acções os aspectos individuais de cada um ficam a descoberto pelas suas
"fragilidades".
Acontece que a nossa mente racional tem dificuldade em dar
uma resposta adequada, sobretudo porque o desejo é perturbado pela ansiedade
emocional sendo esta que agora dirige o nosso estado anímico e psíquico.
Esta incapacidade, aliás natural na espécie humana, decorrente
da nossa formação orgânica, propensa a sentimentos e sensações que sobrepõe
todas as realidades pela apetência dessa afinidade já conhecida, como que uma
atracção.
Há hábitos que se situam fora da esfera pessoal, as rotinas podem
envolver um grupo de pessoas, e assim as rotinas se tornam como os principais
componentes de determinadas organizações, instituições etc.
No entanto, outras
rotinas constituem hábitos formalizados e institucionalizados, pois agrega na sua base um comportamento
julgado ser aquele o desejado para levar por diante todos os interesses já
regulamentados.
Contudo nunca
descurando o principal motivo orientados
por regras, sendo que as rotinas são revigoradas pelo processo de repetição de
acções para o atendimento dessas orientações.
É como um código de
conduta em que as rotinas representam formas habitualmente adoptadas por um
grupo de indivíduos, sendo taxativas inquestionáveis.
Efectivamente os procedimentos não são restringidos, antes
pelo contrário estabelecem com os indivíduos o os grupos institucionalizados é um compromisso, como que uma convenção se tratasse que interessa as duas partes
fortalecendo com novas metodologias rígidas e exclusivas para a sua
aplicabilidade.
Nesta conformidade e porque nos situamos sempre na direcção
em que o nosso fio condutor que é o tema sobre o qual referimos ser o “tempo e a sua
irreversibilidade”, traçamos linhas gerais do comportamento humano face a esse tempo das nossas vidas.
Assim na perspectiva de encontrarmos a forma exacta para
deixarmos mais algumas considerações sobre o nosso tema a “irreversibilidade do
tempo”. António Cardoso
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