terça-feira, 23 de agosto de 2016

" A irreversibilidade do tempo" (...) 156




O tempo é a realidade dos nossos dias, cada um, porém mais desigual dos dias anteriores, a complexidade de cada dia é para algumas pessoas uma rotina, nada muda tudo acontece como o previsto, uma sequência repetitiva de hábitos que constitui já o costume estabelecido.

É nesta rotina em que nós vivemos sistematicamente, como que um sistema pré definido, que cumpre determinadas tarefas e trabalhos.

A força desse hábito condiciona às vezes como disfunção, onde já não existe imaginação nem criatividade, porquanto por força dessas circunstâncias neutraliza todo o espírito de inovação, aliás impossível quebrar “regras e rotinas”.

É assim no mundo em que vivemos, sobretudo por cumprir todo um ordenamento cuja organização obedece aos seus requisitos, o método e objectivo como premissas do seu desenvolvimento, previamente concebido.

Sendo desta forma que desempenhamos as nossas funções e não mais do que isso pelas restrições óbvias impostas.

Os hábitos são automáticos, é difícil fugir dessa influência, todas as nossas acções, dependem deste comportamento habitual.

 Existe uma crença nos hábitos, porquanto raramente podemos passar sem eles, são responsáveis pela atitude, sendo portanto o resultado uma consequência inevitável.

 A força de hábito é determinante e para ilustrar como exemplo referimos que :  ao conduzir um automóvel, nas primeiras vezes, a reflexão faz-nos lembrar que é necessário colocar o cinto de segurança, verificar ou ajustar os espelhos, sinal de saída com aviso de pisca-pisca colocar primeiro o pé na embraiagem, e posteriormente colocar a mudança para arrancar.

Actualmente tudo isso é automático, criou-se a formação de um hábito, o nosso cérebro codificou esta função, sendo instintiva e espontânea.

 Às vezes os actos e acções são irreflectidos pois acontecem sem nos apercebermos, os factores que contribuíram levaram a determinada situação.

Há, no entanto a vontade de modificar certo número de hábitos em que não conseguimos, adoptamos uma série de princípios e a fórmula específica e radical somos nós, queremos variar o contexto dos nossos actos e acções os aspectos individuais de cada um ficam a descoberto pelas suas "fragilidades".

Acontece que a nossa mente racional tem dificuldade em dar uma resposta adequada, sobretudo porque o desejo é perturbado pela ansiedade emocional sendo esta que agora dirige o nosso estado anímico e psíquico.

Esta incapacidade, aliás natural na espécie humana, decorrente da nossa formação orgânica, propensa a sentimentos e sensações que sobrepõe todas as realidades pela apetência dessa afinidade já conhecida, como que uma atracção.

Há hábitos que se situam fora da esfera pessoal, as rotinas podem envolver um grupo de pessoas, e assim as rotinas se tornam como os principais componentes de determinadas organizações, instituições etc.

 No entanto, outras rotinas constituem hábitos formalizados e institucionalizados,  pois agrega na sua base um comportamento julgado ser aquele o desejado para levar por diante todos os interesses já regulamentados.

 Contudo nunca descurando o principal motivo orientados por regras, sendo que as rotinas são revigoradas pelo processo de repetição de acções para o atendimento dessas orientações.

 É como um código de conduta em que as rotinas representam formas habitualmente adoptadas por um grupo de indivíduos, sendo taxativas inquestionáveis.

Efectivamente os procedimentos não são restringidos, antes pelo contrário estabelecem com os indivíduos o os grupos institucionalizados é um compromisso, como que uma convenção se tratasse que interessa as duas partes fortalecendo com novas metodologias rígidas e exclusivas para a sua aplicabilidade. 

Nesta conformidade e porque nos situamos sempre na direcção em que o nosso fio condutor que é o tema  sobre o qual referimos ser o “tempo e a sua irreversibilidade”, traçamos linhas gerais do comportamento humano face a esse tempo das nossas vidas.


Assim na perspectiva de encontrarmos a forma exacta para deixarmos mais algumas considerações sobre o nosso tema a “irreversibilidade do tempo”. António Cardoso

Sem comentários:

Enviar um comentário