O tempo é também a “compreensão” que se tem do tempo
decorrido, um balanço que retirámos como uma aprendizagem ou experiência desse
período de tempo passado.
Resta avaliar se positivamente foi feito que devíamos fazer,
ou as incompatibilidades arrasaram as perspectivas, o desejo pela continuidade
(…).
Ou fomos ingloriamente suplantados, onde “as agruras da vida”
e os consequentes obstáculos e dificuldades trouxeram inevitavelmente o
fracasso.
Sobretudo se “aquilo” que sabemos ser o nosso forte
motivo e convicção, contudo não surtiu efeito, e arremessados para um
desconforto tal .
Em que a subsistência, condição indispensável, para se viver
condignamente, foi posta em causa pela inexistência de ocupação laboral
imperativo de vida e de bem-estar.
Tudo acontece na vida em que vivemos, sobretudo em
determinado período menos bom, ou extremamente “penoso” que deixa “sequelas”,
às vezes no corpo ou na alma.
Contudo não é a conformação com determinado “estado de coisas”
que nos trará novamente o alento ou a predisposição para encarar “outra vez”
confrontando com este desânimo, fracasso, etc.
Dizemos que não nos conformamos, sim é verdade, mas
encontrar o antídoto radical para sanar definitivamente os malefícios,
ingratidão, falsidade ou traição.
Focalizadas cuja identificação destas razões foram postas a descoberto,
retirando máscaras em que o disfarce fazia presumir: a seriedade, eficácia, solidariedade ou
tolerância.
Desmistificado todo este cenário como que numa tela se
retratasse o enredo de obra teatral, algo verídico passado com a vida de “alguém”
em que o insólito acontece quando finda a cena “cai o pano”.
Inevitavelmente, debruça-se um olhar e tudo em redor têm a
conotação com a envolvência, os objectos,
as coisas, pessoas, adereços etc, têm nome, começamos realmente a ver os
protagonistas, algum dos quais, nutriamos por ele ser bom actor, mas dado o papel
representado “é o pior da fita”.
É assim na vida um teatro permanente em que nos
representamos de variadas formas, um teatro da nossa vida real, que constitui
afinal “flagrante” desses incautos são como que: “gatos escondidos com o rabo
de fora”.
Este disfarce constante e sarcástico tem sido a tónica na
Sociedade que é transversal, um pouco por todo o lado, em todas as relações:
sociais, amorosas, profissionais etc.
Assim o nosso discurso procurou a forma exacta para deixar
mais algumas considerações sobre o tema a “irreversibilidade do tempo”. António
Cardoso
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