sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"A irreversibilidade do tempo" (...) 142




O tempo ocorre em nossas vidas como que uma ciência cujo conhecimento só é possível adquirir com uma vida "vivida", porque decorre continuamente como se de um automatismo se tratasse, de certo modo que é resultante de hábito mecanizado e instintivo.

Em que as situações e consequências são aquelas que são por alguém "vividas" dessa experiência
boa ou má, contudo, uma vivência impregnada com as contingências da época,detalhes que em dado tempo tiveram o seu momento pelo qual se tomaram certas atitudes.

Restando apenas a imagem moldada desse tempo, no imaginário nostálgico ou alegre, contudo o tempo descreveu o seu percurso irreversível.

É vertiginoso lembrar a rapidez arrebatadora desse avanço significativo do tempo passado cuja percepção não é ilusória, é algo (...) mais sério e enigmatíco, que não se resume somente em afirmar para desmistificar.

O que não pode ser desmistificado, uma realidade sem princípio e sem fim, contnua sempre (...), mesmo sem os seus protagonistas do momento, outros farão o percurso irreversível.

O tempo é também  esta icógnita em que se caminha para um percurso interminável (...) em que as nossas vidas seguem determinada direcção (...).

Entendemos que o tempo é irreversível e coloca o indivíduo nessa conjuntura, porquanto ele sabe e tem a noção que é corpo-matéria, perecível e consequentemente desse decurso do tempo mais se aproxima, irreversivelmente, da sua finitude humana (...).

Que lhe é imposta categoricamente, de que é algo "descartável", afinal é corpo-matéria, perecível, é no fundo isso mesmo.

O que interessa e o que lhe está subjacente é uma outra parte, imperecível e imortal, que é "alma ou espírito".

Curiosamente, a humanidade se aparta deste pormenor, desta realidade, talvez haja um défice esclarecedor, cuja complexidade faz entender esta incongruência ainda latente (...).

Que se presume entre o superfluo e o indispensável, qual deles o melhor?!

É do acessório que optámos, preterindo o essencial e assim quantas vezes na vida a escolha é: interesseira, mordaz, sacrástica, penalizadora, egoísta etc.

Naturalmente, o desejo da humanidade, é viver nem que para isso se descubra algo (...) mais radical para prolongar a sua vivência, o indivíduo tem ânsia de viver (...) é uma preocupação natural, um pensamento legítimo e exequível.

Se tivermos em consideração com os avanços da medicina, muito se tem feito para permitir a longevidade da humanidade imperativo que ela abraça com firmeza e convicção.

No entanto, ao indivíduo em particular cabe-lhe o direito de zelar pelo seu estado de saúde, compreende agora, irreversivelemente a falibilidade da "vida material", caminha com um designio de que fará o melhor que puder para perservar a vida que tem.

Assim o nosso discurso procurou a direcção exacta para deixar mais algumas considerações sobre o tema a "irreversibilidade do tempo". António Cardoso

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